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Política

Revisão de penduricalhos ainda não garante salário em dia, diz prefeito

De acordo com Marquinhos, incertezas políticas em nível nacional ameaçam qualquer perspectiva de manter folha em dia frente ao deficit de R$ 34 milhões

Lucas Junot e Yarima Mecchi | 01/06/2017 14:54
Marquinhos Trad falou sobre o assunto durante agenda pública nesta quinta-feira (1º) (Foto: Marcos Ermínio)
Marquinhos Trad falou sobre o assunto durante agenda pública nesta quinta-feira (1º) (Foto: Marcos Ermínio)

O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) disse, nesta quinta-feira (1º) durante coletiva de imprensa sobre a festa de Santo Antonio, que não descarta qualquer hipótese de atraso ou até escalonamento nos salários dos servidores municipais, em decorrência da crise econômica da Capital.

De acordo com ele, as incertezas políticas em nível nacional ameaçam qualquer perspectiva de manter a folha em dia frente ao deficit de R$ 34 milhões nos três primeiros meses deste ano.

"Tomamos medidas enérgicas, todavia necessárias, através de decreto para que a crise não tome conta da gestão. Temos que ter a responsabilidade de saber que há mais de três meses a receita é menor que as despesas. Se não tomarmos medidas de contenção vamos passar por dificuldades”, disse o prefeito.

Marquinhos se refere aos decretos anunciados no dia 25, que cortam um terço de gratificações, privilégios e outros penduricalhos da folha de pagamento do Executivo municipal, com expectativa de economizar ao menos R$ 5 milhões mensais e, em seis meses, estancar deficit financeiro e reequilibrar os cofres da Capital.

“Ainda com essas medidas não está afastada a hipótese de eventuais contratempos principalmente econômicos na nossa administração. Não diria atraso em salários, mas poderia se ter. Hoje ninguém sabe o que pode acontecer com o Brasil, se o presidente continua, o Brasil vive em um momento de incerteza. Seria muito difícil dizer que vamos ter escalonamento, que vamos atrasar, que vamos pagar em dia”, alertou.

Reajuste - Com as finanças comprometidas, o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) avalia com cautela a possibilidade de dar reajuste aos 22 mil servidores públicos municipais.

Depois de fechar o primeiro bimestre com as contas no azul, o município fechou o mês de março com deficit de R$ 34 milhões. O município gastou R$ 98 milhões só com a folha de pagamento, sendo esta sua despesa mais alta.

Pela primeira vez, em pelo menos nove anos, a Prefeitura de Campo Grande contabiliza retração de receita. Em 12 meses, encerrados em abril, a RCL (Receita Corrente Líquida) somou R$ 2,719 bilhões, redução de 1,83% sobre os R$ 2,77 bilhões, acumulados em mesmo intervalo, findado em abril de 2016.

Nesta quinta-feira, conforme o chefe do Executivo, será publicado decreto que contempla o tema. O prefeito não quis adiantar o conteúdo.

“Todas as classes estão conversando conosco. Todas estão sendo recebidas e estão saindo com um acordo. Hoje me reuni com o presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais). Estamos apresentando um decreto que votaram em assembleia e aceitaram. Estamos chegando em um equilíbrio”, comentou.

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