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Política

Rigo acusa Dagoberto de romper acordo e antecipar 2010

Redação | 25/08/2009 08:04

O presidente regional do PDT, deputado estadual Ary Rigo, acusou hoje o deputado federal Dagoberto Nogueira de romper acordo acerca da eleição para o diretório municipal e de tentar antecipar o processo sucessório do ano que vem.

Rigo lembrou que o próprio Dagoberto procurou lideranças pedetistas para propor um acordo, onde todas as forças fossem contempladas, o que foi aceito pela maioria. Na seqüência, ele próprio teria rompido o entendimento.

nunca vi uma coisa igual 30 anos política.

"Cerca de 20 dias atrás, o Dagoberto reuniu o Paulo Pedra, o Loester Nunes e o Djalma Blans e propôs um acordo. A presidência seria entregue ao Pedra, o deputado Antônio Braga teria que ceder uma vaga para entrar gente do Coronel Ivan e eu também cederia uma vaga para entrar outra pessoa", explicou.

"No dia do aniversario de quem propôs o acordo fui comunicado sobre o entendimento, e fui questionado se eu estava de acordo. Eu disse claro, eu cedo a vaga, disse que não sou eu quem vou interromper o que prevê o estatuto", continuou Rigo, ao detalhar o rompimento do acordo proposto pelo próprio Dagoberto.

Rigo lembrou que o estatuto pedetista reza sobre a busca pelo consenso e a não divergência. Em seu entendimento, ao romper o acordo, ele bloqueou o consenso e violou o estatuto.

"Quem propôs foi o primeiro a descumprir o acordo. Na segunda-feira da semana passada, o Dagoberto apresentou uma chapa seu nome do deputado Braga e sem os meus. Ele alegou que eu não apresentei a relação, mas ela foi entregue no diretório municipal, inclusive para o Trevisan, que é chefe de gabinete do Loester", detalhou.

Segundo Rigo, Dagoberto "se faz de tonto". Ele foi procurado pelo ex-conselheiro do TCE, Franklin Masrhua, para tentar um entendimento, mas o contato não teria surtido efeito.

"Ele se faz de tonto. Eu cumpri a parte do meu acordo, O Franklin se reuniu com os deputados estaduais e depois foi conversar com o Dagoberto, e disse pra ele: todo mundo concordou, honre o acordo, mas não teve jeito", explicou.

Em seguida, conforme explicou Rigo, a Executiva municipal atual se reuniu e por cinco votos contra dois achou melhor cancelar a convenção.

"Isso porque tinha sido feito um acordo e a chapa apresentada na segunda-feira estava irregular, não estava dentro do acordo e faltavam nomes", detalhou o dirigente.

Rigo classificou como "palhaçada" a convenção, feita à revelia, na varanda da sede do PT.

De acordo com o parlamentar, pelo menos duas pessoas do grupo de Dagoberto tinham a chave da porta, mas resolveram fazer um "carnavalzinho" para mostrar que encontraram as portas do partido fechadas.

"Isso foi uma palhaçada, ele tem falado tantas besteiras, que fica até difícil de eu responder", disparou.

Rigo se refere às declarações que Dagoberto fez ontem em entrevista ao programa Tribuna Livre, da FM Capital. A respeito da possibilidade de alguns deputados deixarem a sigla, devido aos desentendimentos internos, disse que eles não iriam fazer falta.

"Deputados que saírem não vão fazer falta nenhuma, eles não acrescentam em nada, só fazem dar trabalho para o partido. Nestas ultimas eleições, não ficaram do nosso lado, fazem declarações contra, sempre estão a mercê do governo, dos interesses pessoais", disparou Dagoberto.

Rigo alertou que todos os parlamentares do PDT receberam tais declarações com muita indignação, inclusive o presidente da Assembléia Legislativa, Jerson Domingos. Isso porque, irritado, Dagoberto acabou falando sobre "acordões e acertos" na Casa, "na base do quem dá mais".

"O que o Dagoberto está fazendo não está dentro de qualquer perspectiva política. Eleições só vão ser discutidas no ano que vem, não adianta antecipar. Ajudamos a eleger o governador André Puccinelli, participamos da administração dele, ele tem o dever e tem cumprido, tem assistido os nossos prefeitos, vereadores e deputados. Dagoberto disse que o governador comprou A ou B, comprar pra que?", questionou.

Rigo avisou que o PDT não tem nada que se queixar do governo atual e que permanecerá na administração "até o momento de se discutir as eleições de 2010".

"O que ele vem tentando fazer é fechar já hoje com Zeca do PT. Agora eu pergunto, o Zeca é candidato? O Dagoberto tem lá a vaga ao Senado, mas e a proporcional? Será que eles vão querer coligar conosco? Isso não é hora de discutir isso", avaliou Rigo.

"O que eles estão pensando é que a candidatura do Zeca só tem alguma viabilidade se o PDT servir de muleta, só assim ele decola", disse.

Segundo Rigo, o PT não tem palanque e não tem candidato a governador. Até agora, somente a candidatura de Puccinelli está posta.

Intervenção

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