Risco de colapso na Santa Casa leva senador a acionar Ministério da Saúde
Nelsinho Trad diz à Jota FM que hospital é peça-chave do SUS em Mato Grosso do Sul
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RESUMO
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A crise financeira e operacional da Santa Casa de Campo Grande voltou ao centro das atenções e acendeu um sinal de alerta para todo o sistema de saúde de Mato Grosso do Sul. O risco de colapso do maior hospital filantrópico do Estado levou a uma articulação política em busca de uma resposta imediata e integrada entre prefeitura, Governo do Estado e União.
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O alerta foi feito pelo senador Nelsinho Trad (PSD) durante entrevista à Rádio Jota FM. Segundo ele, apesar de os repasses municipais e estaduais estarem em dia, a dimensão da Santa Casa exige um esforço extraordinário para evitar a paralisação dos atendimentos. “A Santa Casa é a quarta maior do Brasil. Se ela parar, estrangula o sistema de saúde, não só de Campo Grande, mas de todo o Estado”, afirmou.
Diante do cenário, o senador informou que entrou em contato direto com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para solicitar apoio emergencial do governo federal. A avaliação é de que o problema ultrapassa a capacidade de resposta isolada dos entes locais e exige intervenção imediata para evitar danos irreversíveis à rede pública.
Durante a entrevista à Jota FM, Nelsinho defendeu a formação de uma força-tarefa envolvendo União, Estado, prefeitura e a bancada federal de Mato Grosso do Sul. Segundo ele, parlamentares como Teresa Cristina, Geraldo Resende e Vander Loubet já estão mobilizados para buscar uma saída conjunta.
“O horizonte é agir agora, de forma emergencial, para estabilizar a situação e, depois, buscar as soluções estruturais”, afirmou. O senador comparou o momento a um atendimento de urgência médica. “É como um paciente com hemorragia: primeiro estanca o sangramento, depois trata a causa. O emergencial precisa vir antes de tudo.”
A Santa Casa concentra atendimentos de média e alta complexidade, recebe pacientes de todo o Estado e funciona como peça-chave do SUS em Mato Grosso do Sul. Nos bastidores, o temor é de que qualquer paralisação provoque um efeito dominó, sobrecarregando UPAs, hospitais regionais e a rede estadual.
Enquanto não há uma definição concreta, o consenso entre gestores e parlamentares é que o tempo joga contra. Cada dia sem uma resposta efetiva amplia o risco de colapso no atendimento à população sul-mato-grossense.

