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Política

Rota Bioceânica une PT, MDB e PSDB em um mesmo discurso no Estado

Partidos com histórico de diferenças ideológicas se unem pela viabilização do projeto

Por Jhefferson Gamarra e Gabriela Couto | 21/09/2023 16:57
Políticos do MDB, PT e PSDB ocupando a mesa da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Foto: Alex Machado)
Políticos do MDB, PT e PSDB ocupando a mesa da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Foto: Alex Machado)

Em um cenário político marcado por divergências e polarizações, o PT (Partido dos Trabalhadores), MDB (Movimento Democrático Brasileiro) e PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) se uniram nesta quinta-feira (21) para destacar as potencialidades da Rota Bioceânica, projeto que ganhou força nas últimas três gestões de governadores e que agora se aproxima da tão aguardada realidade.

O que torna essa colaboração política notável é, sem dúvida, o histórico de diferenças ideológicas entre os três partidos. O PT, conhecido por suas políticas de esquerda, o MDB, considerado um partido de centro, e o PSDB, que tem uma orientação mais à direita, estão unindo suas forças em prol de um projeto que promete gerar empregos, impulsionar a economia e fortalecer as relações internacionais de Mato Grosso do Sul.

"Estou sentido uma satisfação muito grande porque este é um momento histórico. Todos aqui somos adversários políticos e nunca vamos deixar de ser, mas o momento que se coloca é de reconhecimento do que foi feito, de quem fez por Mato Grosso do Sul e pelo Brasil, por isso é justa essa homenagem. Saio daqui com as esperanças renovadas de que o Brasil tem jeito. Seguimos adversários, mas não inimigos", enfatizou o ex-ministro Carlos Marun, uma das principais lideranças do MDB no Estado.

Ministra Simone Tebet discursando sobre a Rota Biocêanica na Alems (Foto: Alex Machado)
Ministra Simone Tebet discursando sobre a Rota Biocêanica na Alems (Foto: Alex Machado)

Colega de partido, a ministra do Planejamento e Orçamento Simone Tebet revelou que em 2002, quando foi eleita deputada estadual em Mato Grosso do Sul, considerava que a criação da Rota Biocêanica não passava de uma demagogia, mas com o passar do tempo, principalmente quando foi vice-governadora ao lado de André Puccinelli, percebeu que o sonho seria possível.

"Achava que a rota era uma utopia, quando somos jovens achamos que sabemos de tudo, mas quando envelhecemos percebemos que não sabemos de nada. Esta será uma Rota da prosperidade e servirá de exemplo para as próximas que serão feitas pelo Brasil. Quanto mais rotas, mais investimentos vamos ter, com isso, Mato Grosso do Sul se tornará um centro econômico, cultural e social. Que possamos deixar de lado todo o ódio e falar de união", discursou a ministra.

Governador por dois mandatos, entre 1999 e 2017, o deputado estadual Zeca do PT destacou a importância da união entre os partidos e diferentes gestões para destravar os investimentos do empreendimento que impulsionará o desenvolvimento do Estado. "Tudo isso permitiu materializar um sonho antigo de todos e que minha família particularmente lá em Porto Murtinho também tinha, que é poder buscar a saída pelo Pacífico", frisou.

Governador Eduardo Riedel durante discurso na Assembleia Legislativa (Foto: Alex Machado)
Governador Eduardo Riedel durante discurso na Assembleia Legislativa (Foto: Alex Machado)

O atual governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), participou ativamente das discussões para a idealização do projeto durante o governo Reinaldo Azambuja. Ciente dos desafios que ainda estão por vir, o atual chefe do Executivo garantiu a participação de todos na inauguração da ponte sobre o Rio Paraguai, que deve ficar pronta em 2025.

"No que depender do governo estadual, será feito o possível e o impossível para que essa rota saia do papel de forma definitiva e estaremos todos juntos cortando a fita em 2025", comentou Riedel.

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