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Política

Schimidt deixa PDT e não acredita em enfraquecimento do partido

Fabiano Arruda | 22/02/2011 11:25

Ex-presidente de honra da legenda diz que parou pelo “tempo de validade”

Schimidt foi deputado estadual, federal e conselheiro do TCE. (Foto: Arquivo)
Schimidt foi deputado estadual, federal e conselheiro do TCE. (Foto: Arquivo)

Depois de 20 anos, o ex-presidente de honra do PDT, João Leite Schimidt, deixa o partido. Apontado como o principal articulador da legenda no Estado, por conta da experiência política, ele diz não acreditar que o partido passe por um momento delicado.

“O PDT tem espinha dorsal e bandeira nacional. Os companheiros que ficam vão continuar a luta”, comenta.

Com a saída dele, os pedetistas perdem a referência de políticos experientes, visto que ex-deputado estadual Ary Rigo e o deputado eleito Onevan de Matos, deixaram o partido e migraram para o PSDB.

Sem Schimidt, o PDT em Mato Grosso do Sul vai se dividir nas lideranças do ex-deputado federal Dagoberto Nogueira, derrotado ao Senado na última eleição, do deputado estadual Felipe Orro e dos vereadores Paulo Pedra e Loester Nunes.

No entanto, Loester já declarou divergências com Dagoberto.

Sobre o fato do presidente do PDT em Campo Grande, Dagoberto Nogueira, não possuir mandato, Schimidt diz que isso não abala a força do partido.

“O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, é ministro (Trabalho e Emprego). Ele não tem mandato”, rebateu.

Decisão - A desfiliação de Schimidt do PDT ocorreu em dezembro do ano passado. Ele afirmou que parou por conta do seu “tempo de validade”.

“Acredito que qualquer um filiado ao partido tem que militar. E pela minha idade, não podia mais participar de viagens do diretório nacional em Brasília, por exemplo, tampouco acompanhar o processo dos diretórios no interior do Estado”, relatou.

“Sempre pensei no partido para todos e estive disposto ajudar”, completou, respondendo sobre sua liderança no PDT.

Na carreira política, João Leite Schimidt também foi do PMDB. Migrou para o PDT em 1994. Cumpriu mandatos de deputado estadual, federal, além de ter sido conselheiro do TCE/MS (Tribunal de Contas do Estado).

Conselheiro - O vereador pedetista Paulo Pedra acredita que Schimidt vai deixar “apenas a vida partidária”, mas vai continuar como conselheiro de integrantes da legenda.

Pedra considera que a saída do ex-presidente de honra como um processo natural de renovação do PDT, que deve fazer novas filiações a partir do mês que vem.

Nesse processo de renovação, o vereador disse que o partido pensa em lançar candidato próprio ao governo do Estado em 2014. “Vamos partir para esta oxigenação, que é um processo natural”.

Na prefeitura de Campo Grande, ele sinalizou que a sigla pode apoiar o presidente da Câmara Municipal, Paulo Siufi (PMDB). Questionado sobre uma possível candidatura de Dagoberto Nogueira na Capital, ele considerou que é o momento “de ciscar para dentro”.

“Não vai ter problema se tivermos dois candidatos”, acredita o vereador.

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