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Política

Secretário e pecuaristas serão chamados para depor em CPI da JBS

O grupo de investigação vai votar amanhã convocação de superintendente do Ministério da Agricultura

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 01/08/2017 11:15
CPI da JBS reunida em 12 de julho, antes de recesso parlamentar. (Foto: Wagner Guimarães/ALMS).
CPI da JBS reunida em 12 de julho, antes de recesso parlamentar. (Foto: Wagner Guimarães/ALMS).

O secretário da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), Márcio Monteiro, além de outros pecuaristas devem ser chamados para depor na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da JBS, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Quem confirmou a intenção foi o presidente do colegiado, deputado Paulo Corrêa (PR), nesta terça-feira, 1º.

Amanhã, dia 2, quando acontece a primeira reunião da CPI após o recesso parlamentar, será votado o requerimento de convocação do superintendente da Agricultura, Celso Martins. Corrêa estima que, se não houver problemas, quer que o depoimento dele seja marcado para quarta-feira, 9.

O grupo de investigação já havia cogitado a intenção de chamar Martins, após a divulgação do levantamento que mostra fraude em documento sobre trânsito em gado em MS.

Os donos da JBS alegaram em delação premiada à operação Lava Jato, que se tratavam de "notas frias", e que toda negociação era inventada para justificar a saída do dinheiro do caixa da empresa, pois era apenas uma forma de pagar propina milionária ao governo estadual.

Além de Monteiro, que está de férias do Estado, o presidente disse que vai convocar o articulador político do governo, Nelson Cintra, além de representantes do frigorífico Buriti.

Denúncia - O pedido para confrontar as GTAs (Guia de Trânsito Animal) emitidas pelo produtor e o ingresso, de fato, do gado na unidade da JBS na avenida Duque de Caxias, em Campo Grande, partiu da Assocarnes/MS (Associação de Matadouros, Frigoríficos e Distribuidoras de Carnes), com base na Lei da Transparência.

Emitida de forma eletrônica pelo produtor, a guia traz dados como quantidade, sexo, origem e destino dos animais.

Na lista dos documentos, estão sete guias, datadas de 12 de dezembro de 2016, relativas a fazenda Imbirussu, do produtor Márcio Campos Monteiro, titular da Sefaz e deputado federal licenciado. Ele consta na delação de Wesley Batista.

Em maio, quando surgiram as denúncias, Monteiro negou irregularidade e divulgou à imprensa nota fiscal, no valor de R$ 333 mil pela venda de 140 cabeças de gado ao frigorífico.

Segundo prazo – Na quarta-feira, vence o segundo prazo para que a JBS entregue os cinco acordos de incentivos fiscais referentes à MS. Na primeira vez que foi obrigada a enviar os documentos, a empresa justificou que ainda levantava os dados e pediu mais tempo, que foi concedido.

Corrêa disse que ainda não recebeu qualquer informação se a JBS vai entregar mesmo amanhã e apenas aguarda o vencimento do prazo.

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