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Política

Secretários resistem em "cortar na carne" e atrasam demissões na Capital

Lidiane Kober | 03/07/2015 15:03
Paulo Matos disse que assumiu a pouco e precisa de mais tempo para decidir quem será exonerado
Paulo Matos disse que assumiu a pouco e precisa de mais tempo para decidir quem será exonerado

Secretários resistem em "cortar na carne" e atrasam a demissão de cerca de 221 comissionados da Prefeitura de Campo Grande. O plano era começar a oficializar o corte nos primeiros dias desta semana, porém, nenhuma pasta entregou a lista dos exonerados e adiou o início das baixas, necessárias para equilibrar as contas da administração municipal.

Titular da Secretaria Municipal de Administração (Semad), Wilson do Prado já entregou aos colegas de primeiro escalão levantamento indicando as demissões que dariam menos prejuízo ao andamento dos trabalhos. A meta dele era obter as respostas no início da semana para divulgar no Diário Oficial as exonerações.

“Na prefeitura, não existe fantasmas, por isso, alguns secretários tem dificuldade de fazer o corte. É complicado, em uma pasta com 30 comissionados, ficar sem sete servidores estratégicos. É preciso fazer estudo bem feito de quem tem condições de acumular funções”, ressaltou Prado.

Recém-nomeado para comandar a secretária de Governo, Paulo Matos é um dos que revelou dificuldade em exonerar no prazo estipulado pelo titular da Semad. “Assumi a pouco, preciso tomar pé da situação antes de demitir”, explicou.

Prado, por sua vez, frisou que poderá esperar no máximo mais uma semana. “Até a segunda quinzena deste mês as exonerações precisam acontecer”, afirmou. A medida, segundo ele, se faz necessária para a prefeitura ficar em dia com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Hoje, a administração gasta o teto com a folha e corre o risco de sofrer sanções.

Por esse motivo, desde que anunciou a crise financeira, o prefeito Gilmar Olarte (PP) vem prometendo cortar o quadro de comissionados, que onera a prefeitura em R$ 6,2 milhões por mês. Edições do Diário Oficial do Município chegaram a trazer dezenas de demissões, no entanto, também informam revogações. O balanço final, conforme o próprio diário oficial, é de 86 cargos a mais.

No dia 22 de maio, eram 1.228 comissionados; dia 29, eram 1.248; em primeiro de junho, o número era de 1.269. Já em 3 de junho, passou para 1.277 cargos. Cinco dias depois, o total era de 1.292. No dia 10, eram 1.299, enquanto dia 15, a quantia era de 1.303. Três dias depois (18), os comissionados somavam 1.311 e, na última sexta-feira (19), o balanço era de 1.314 cargos.

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