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Política

Simone defende imposto a ricos e diz que justiça tributária não é ideologia

"Se tributar rico for esquerda, tenho que me dizer de esquerda", diz Tebet durante Comissão Mista

Por Gustavo Bonotto | 08/07/2025 21:15
Simone defende imposto a ricos e diz que justiça tributária não é ideologia
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, durante reunião na Câmara. (Foto: Michel Jesus)

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou nesta terça-feira (8) que “se defender pobre for ser de esquerda, sou de esquerda”. A declaração foi feita durante audiência na Comissão Mista de Orçamento, no Congresso Nacional, em Brasília (DF). Ela comentou a proposta do governo que cria imposto mínimo de 10% para pessoas com altas rendas, como forma de garantir justiça tributária.

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Ministra Simone Tebet defende imposto para ricos e justiça tributária. Em audiência na Comissão Mista de Orçamento, Tebet afirmou que taxar em 10% quem paga menos impostos, como aqueles que declaram rendimentos muito altos, é uma medida de justiça tributária. A ministra declarou que, se defender tal medida a coloca no espectro político da esquerda, então ela se considera de esquerda. Tebet alertou para as dificuldades fiscais em 2026, prevendo um superávit de R$ 34,3 bilhões, porém com despesas obrigatórias pressionando o orçamento. A ministra citou o aumento previsto para o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e defendeu revisão nas regras de concessão para evitar pagamentos indevidos. A dívida com precatórios, estimada em R$ 115 bilhões para 2026, também foi mencionada. A audiência deu início às discussões sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026, com previsão de apresentação do relatório preliminar até o final de julho.

“Estamos dizendo para aqueles que não pagam, ou pagam 3% ou 4%, que eles paguem 10%. Se isso não for justiça tributária, se isso for ser de esquerda, eu, que nunca fui de esquerda, tenho que me considerar de esquerda”, disse a ministra sul-mato-grossense.

Durante a audiência, Tebet afirmou que 2026 será um ano desafiador para as contas públicas. Ela disse que o governo prevê superávit de R$ 34,3 bilhões no próximo ano, mas reconheceu dificuldades para cumprir a meta. “O que pesa é que as despesas discricionárias serão estranguladas pelas despesas obrigatórias”, afirmou.

A ministra ainda citou o BPC (Benefício de Prestação Continuada), que deve passar de R$ 119 bilhões em 2025 para R$ 165,7 bilhões em 2028. Segundo ela, “no passado se cortou até dinheiro para ciência, tecnologia, inovação, se tirou dinheiro de farmácia popular, de políticas sociais e nunca se conseguiu mexer no andar de cima, ao qual eu pertenço, muitos de nós pertencemos”.

Tebet defendeu mudanças nas regras do BPC para evitar concessões indevidas, mas disse que “não queremos tirar o direito de ninguém, mas não querer dar benefício para quem não tem direito”. A ministra afirmou ainda que pretende discutir o pagamento de precatórios no segundo semestre. O governo estima dívida de R$ 115 bilhões em 2026.

A audiência marcou o início das discussões sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2026. O relatório preliminar deve ser apresentado até o fim de julho.

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