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Política

STF homologa liberação de emendas parlamentares

Orçamento de 2025 prevê R$ 52 bilhões, mas ainda precisa ser aprovado

Por Kamila Alcântara | 03/03/2025 19:15
STF homologa liberação de emendas parlamentares
Parlamentares em sessão na Câmara dos Deputados, em Brasília (Foto: Lula Marques, da Agência Brasil)

O STF (Supremo Tribunal Federal) homologou, por unanimidade, o plano de trabalho que aumenta a transparência e a rastreabilidade das emendas parlamentares ao Orçamento da União. A decisão do ministro Flávio Dino foi confirmada pelo plenário da Corte em sessão virtual iniciada na sexta-feira (28). Mesmo com todos os votos computados, o julgamento segue aberto até quarta-feira (5).

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O STF homologou um plano de trabalho para aumentar a transparência das emendas parlamentares ao Orçamento da União, liberando o pagamento das emendas suspensas. A decisão, liderada pelo ministro Flávio Dino, exige identificação dos parlamentares e entidades beneficiadas a partir de 2024. Algumas emendas permanecem bloqueadas, como aquelas destinadas a ONGs auditadas pela CGU. A suspensão inicial ocorreu em 2022, quando o STF considerou inconstitucionais certas emendas. O orçamento de 2025 prevê R$ 52 bilhões para emendas, um aumento significativo em relação a anos anteriores.

Com a homologação, Dino liberou o pagamento das emendas deste ano e de períodos anteriores, que estavam suspensas por decisões do STF. Pelo novo plano de trabalho da Câmara e do Senado, a partir de 2024 não será mais possível empenhar emendas sem identificar o parlamentar que fez a indicação e a entidade beneficiada.

Segundo a decisão do ministro, algumas emendas seguem bloqueadas, incluindo:

  • Recursos destinados a ONGs e entidades do terceiro setor que foram alvo de auditoria da CGU (Controladoria-Geral da União);
  • Valores para a saúde que não estejam regularizados em contas bancárias específicas;
  • Emendas de bancada e de comissão que não foram oficializadas em atas ou que estejam sem identificação do parlamentar responsável.

É importante lembrar que a suspensão das emendas começou em dezembro de 2022, quando o STF considerou inconstitucionais as chamadas emendas RP8 e RP9. Em resposta, o Congresso Nacional aprovou uma resolução alterando as regras de distribuição para atender à decisão da Corte.

No entanto, o PSOL, partido que acionou o STF contra as emendas, alegou que a nova norma ainda descumpria a determinação judicial. O caso passou a ser conduzido por Flávio Dino após a aposentadoria da ministra Rosa Weber, relatora original do processo.

Em agosto de 2023, Dino suspendeu as emendas parlamentares e determinou que os repasses só poderiam ocorrer se houvesse mecanismos de rastreabilidade. Também exigiu que a CGU realizasse auditorias sobre a destinação dos recursos, especialmente aqueles vinculados ao chamado orçamento secreto.

Em dezembro, o ministro bloqueou R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão por falta de transparência. No mês passado, suspendeu novas destinações de emendas parlamentares para ONGs pelo mesmo motivo.

O total previsto para emendas parlamentares no Orçamento de 2025 chega a R$ 52 bilhões, um aumento em relação a 2024, quando o valor foi de R$ 49,2 bilhões. Há 10 anos, em 2014, essa cifra era de R$ 6,1 bilhões, mostrando a ampliação dos repasses ao longo da última década.

*Texto com informações da Agência Brasil.

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