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Política

TJ vê "esvaziamento de patrimônio" e nega liberdade a Claudinho pela 2ª vez

Ex-vereador de Campo Grande é acusado de liderar esquema de fraudes em licitações na Prefeitura de Sidrolândia

Por Jhefferson Gamarra e Kamila Alcântara | 08/07/2025 15:22
TJ vê "esvaziamento de patrimônio" e nega liberdade a Claudinho pela 2ª vez

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul negou nesta terça-feira (8) pela segunda vez o pedido de liberdade ao ex-vereador de Campo Grande e ex-secretário de finanças de Sidrolândia, Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, conhecido como Claudinho Serra. A decisão foi tomada por unanimidade pela 2ª Câmara Criminal, que acompanhou o voto do relator, desembargador José Ale Ahmad Netto.

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul negou, pela segunda vez, o pedido de liberdade ao ex-vereador Claudinho Serra, preso desde junho na Operação Tromper, que investiga fraudes em licitações. A decisão unânime da 2ª Câmara Criminal citou indícios de "esvaziamento de patrimônio", com o réu mantendo alto padrão de vida mesmo após bloqueio de bens. Os desembargadores destacaram gastos elevados, como aluguel de imóvel de luxo e festas infantis, como sinais de tentativa de ocultar recursos. A defesa argumentou que a prisão se baseia em fatos antigos, mas o relator apresentou parecer de 37 páginas sustentando a manutenção da prisão preventiva. O advogado de Claudinho optou por não comentar a decisão.

Preso desde 5 de junho na quarta fase da Operação Tromper, que investiga fraudes em licitações da Prefeitura de Sidrolândia, Claudinho é apontado pelo Ministério Público como o líder do esquema. Segundo o relator, apesar de a defesa sustentar que não há fatos novos para justificar a prisão preventiva, os autos mostram evidências de que o réu pode estar promovendo o “esvaziamento do patrimônio”.

“Hoje não me sinto seguro para conceder a liberdade ainda. Na atual circunstância, não há condições dele estar em liberdade”, declarou o relator desembargador José Ale Ahmad Netto. Outro desembargador reforçou: “Mesmo que a esposa seja médica, o réu tenha negócios com a família, ele anda de SW4 e mora em um apartamento de mais de R$ 10 mil de aluguel. Vejo claras características de esvaziamento de patrimônio”, disse o magistrado.

TJ vê "esvaziamento de patrimônio" e nega liberdade a Claudinho pela 2ª vez
Sessão de julgamento da 2ª Câmara Criminal (Foto: Paulo Francis)

A nova decisão se baseou em elementos apontados pelo Ministério Público de que Claudinho mantém alto padrão de vida mesmo após o bloqueio de bens, o que, para o Judiciário, pode indicar tentativa de ocultar recursos obtidos irregularmente. Também foram citados gastos elevados com festas infantis e a locação de imóvel de alto valor.

Em sua argumentação, o advogado Tiago Bunning afirmou que a prisão atual não deveria se sustentar, pois estaria baseada em fatos antigos, referentes ao período em que Claudinho era secretário de finanças de Sidrolândia, entre 2022 e 2023. “Estão usando contratos da época em que era secretário de Sidrolândia. Por mais que fundamentassem a prisão, não justificavam a nova prisão”, disse o defensor.

Apesar da argumentação, o relator elaborou um parecer de 37 páginas fundamentando a manutenção da prisão. O restante do colegiado seguiu seu entendimento integralmente. Após a segunda negativa, o advogado de Claudinho Serra preferiu não comentar a decisão, afirmando apenas que ainda “vai digerir a decisão”.

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