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Política

Verba do Bolsa Família no Estado cresceu 62% em 3 anos, diz ministra

Zemil Rocha | 01/04/2013 16:59
Ministra falando aos prefeitos esta tarde na Assomasul (Foto: Marco Ermínio)
Ministra falando aos prefeitos esta tarde na Assomasul (Foto: Marco Ermínio)

A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, afirmou esta tarde, em entrevista coletiva, durante o Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas de Mato Grosso do Sul, que houve um crescimento de 62% nos recursos do Bolsa Família em Mato Grosso do Sul no período de 2010 a 2012. “No ano passado o Estado foi contemplado com R$ 213 milhões”, informou a ministra. O encontro esta sendo realizado até as 19 horas na sede da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul, com a presença de 73 dos 79 prefeitos do Estado.

Segundo ela, fechamento referente ao mês de março deste ano revelou que o investimento foi de R$ 19,4 milhões no Estado. Outro dado informado pela ministra é de que 296 mil famílias foram tiradas da extrema pobreza no Estado desde junho de 2011. No País, o programa teria resgatado 22 milhões.

Criado há nove anos, a partir de uma reformulação do programa Fome Zero, de 2003, o Programa Bolsa Família atende um universo de 50 milhões de pessoas e conseguiu reduzir em 89% a extrema pobreza no País, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O orçamento para o programa alcançou R$ 20 bilhõe em 2012 e neste ano esse montante deverá subir para R$ 23,9 bilhões.

Tereza Campello afirmou, durante palestra aos prefeitos, que há no País 700 mil pessoas que estão fora do Cadastro Único, criado para otimizar as ações sociais do governo federal, a partir do cruzamento de dados dos vários programas. Indagada o número dos que estão fora do cadastro em Mato Grosso do Sul, a ministra disse que não há dados por estados. Revelou, porém, que no levantamento anterior, responsável pelo encontro de 800 mil famílias em situação de pobreza no País, 11,5 mil eram de Mato Grosso do Sul.

A dificuldade de “chegar os mais pobres”, conforme Campello, está sendo minimizada com a implantação do Cadastro Único. “Cruzando informações chegamos aos que mais precisam”, afirmou ela, lembrando que foi assim, por exemplo, com a utilização de dados do programa Luz Para Todos. “Levantamos que era da área rural e não tinha energia, geramos um mapa e depois cobramos das empresas de energia: Porque não chegou energia, quando vai chegar?”, explicou. Assim também, segundo ela, foi feito quanto a dados dos programa de micro-crédito e do Minha Casa, Minha Vida, entre outros. “Transformamos o Cadastro Único num grande mapa e assim melhor organizamos a oferta de serviços públicos”, afirmou os prefeitos que lotaram o plenário principal da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul).

A ministra exortou os prefeitos a atuarem de olho nesses programas federais. “As prefeituras às vezes têm estrutura para oferecer Escola de Tempo Integral e não sabe que pode ter incentivo do governo federal, através do Bolsa Família”, apontou Campello, observando que a adesão vai até 30 de abril.

O fim da miséria, segundo a ministra, é só o começo, já que atingido o objetivo de garantir renda per capta mínima de R$ 70,00 para as famílias pobres, a direção do trabalho passa a ser assegurar meios para o desenvolvimento das pessoas no campo de geração de renda e educacional.

Escolas integrais e creches - Durante a entrevista coletiva, a ministra chamou atenção para a baixa adesão no Estado a programas federais que oferecem até 50% mais de recursos do Fundeb para adesão à criação de escolas de tempo integral e creches, que tenham crianças do Bolsa Família. Conforme Campello, há no Estado 108 escolas que são integradas por crianças do Bolsa Família, mas só 14 aderiram ao programa de incentivo. No caso das creches, hoje 4.432 crianças são atendidas pelo Bolsa Família no Estado.

Quanto ao Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), a ministra destacou que já foram criadas 14.500 vagas em Mato Grosso do Sul. “Tivemos muitos avanços no Pronatec aqui, mas há muitas ofertas de empregos, como acontece na região de Três Lagoas, e falta de mão de obra qualificada. Destaque-se que aqui há um programa diferencial voltado para comunidades indígenas”, afirmou a ministra.

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