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Política

Vereadora propõe moção para ministro Edson Fachin e causa tumulto na Câmara

Documento foi derrubado por maioria do plenário durante sessão desta terça-feira

Gabriela Couto e Clayton Neves | 09/03/2021 12:53
Pedido de moção de congratulação ao ministro do STF, Edson Fachin, marcou a sessão desta terça-feira (Foto Clayton Neves)
Pedido de moção de congratulação ao ministro do STF, Edson Fachin, marcou a sessão desta terça-feira (Foto Clayton Neves)

Durante a sessão desta terça-feira (09), a vereadora Camila Jara (PT) propôs uma moção de congratulação ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin, por ele ter anulado ontem (08) todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal no Paraná relacionadas às investigações da Operação Lava Jato.

“Essa decisão dele é um reconhecimento de que sempre estivemos (o PT) corretos. Apesar de não reparar os danos irremediáveis do passado, Fachin fez o que era certo”, justificou a vereadora.

O pedido causou um princípio de tumulto entre os vereadores. Vereadores começaram a se movimentar dentro do plenário revoltados com o pedido de Camila Jara. O presidente da Mesa Diretora, Carlos Augusto Borges (PSB), explicou aos parlamentares que o combinado com Camila era apenas um pronunciamento sobre o assunto. Mas com a apresentação da moção feita mesmo após o período do pequeno expediente, o presidente decidiu colocar em votação que terminou em 16 contrários e 6 favoráveis.

Foram contra a moção os vereadores: Otávio Trad (PSD), Tiago Varga (PSD), Clodoilson Pires (Podemos), Ronilço Cruz de Oliveira (Podemos), José Jacinto Luna Neto (Podemos), Jamal Salem (MDB), Juari Lopes Pinto (PSDB), João Cesar Mattogrosso (PSDB), Riverton Francisco de Souza  (DEM), Loester Nunes  (MDB), Eduardo Miranda (Patriota), Roberto Santana dos Santos (Republicanos), Gilmar Neri de Souza (Republicanos), André Luis Soares da Fonseca (Rede), Alírio Villasanti Romero (PSL) e Sandro Trindade Benites (Patriota).

Já os favoráveis foram Roberto de Avelar (PSD), Vanderlei Pinheiro (PSD), Ayrton Arajújo (PT), Camila Jara (PT), Marcos  Tabosa (PDT) e Victor Rocha  (PP). Estavam ausentes no momento da votação os vereadores Ademar Vieira Júnior (PSD), Valdir Gomes (PSD), João Rocha (PSDB), Silvio Eduardo Alves Pena (DEM), William Maksoud (PTB) e Epaminondas Neto (Solidariedade).

Durante a declaração de voto, Tiago Vargas disse que respeitava o pedido da colega, mas não conseguiria ser favorável a moção. “Com certeza não, mil vezes não”, enfatizou. Já Ronilço Cruz afirmou que precisava entender melhor a decisão de Fachin. “Respeito você (Camila) e o Ayrton, mas preciso entender o que aconteceu. Não entendi a decisão de ontem, por isso voto não.”

Já Marcos Tabosa afirmou que o ministro do STF corrigiu um erro jurídico do passado. “O [Sérgio] Moro estava totalmente errado e isso foi provado agora. Está se fazendo Justiça e o Fachin foi corajoso por isso. Esta de parabéns”, ressaltou.

O colega Victor Rocha foi favorável ao pedido da petista. “Eu respeito o direito dos vereadores do PT de homenagearem a quem lhes é importante”. Mas Villasanti rebateu. “Não podemos ser coniventes com a impunidade e corrupção com essa quadrilha que se instalou na política brasileira. Todo mundo sabe da ligação que o Fachin tem com o PT.”

Por fim, após a derrota no plenário, Ayrton Araújo se pronunciou. “Tudo foi um processo de caça aos petistas, uma manobra para tirar o PT do poder e entrar esse louco descabido”, disse se referindo ao atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

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