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Política

Vereadores criticam obrigatoriedade do uso de cartão no transporte coletivo

Vanda Escalante e Ítalo Milhomem | 16/06/2011 12:36
Vereadores consideram que obrigatoriedade do cartão não é a melhor alternativa. (Foto: Simão Nogueira)
Vereadores consideram que obrigatoriedade do cartão não é a melhor alternativa. (Foto: Simão Nogueira)

O anúncio de que, a partir do dia 26 de agosto, o pagamento da passagem nos ônibus do transporte coletivo urbano de Campo Grande só poderá ser feito com cartão magnético gerou críticas por parte dos vereadores. De acordo com os parlamentares, não se pode impor essa metodologia como tentativa de solucionar a falta de segurança dentro dos ônibus.

A ideia é evitar os assaltos, cada vez mais constantes, acabando com o uso do dinheiro nos coletivos. A proposta foi anunciada ontem (15) pelo procurador de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, Aroldo José Lima, durante audiência pública realizada na Câmara. No entanto, não há consenso em torno da questão.

Lima afirma que essa será alternativa para diminuir as funções dos motoristas, que hoje atuam como cobradores, dando troco e guiando o ônibus. A proposta deverá ser apresentada ao prefeito Nelsinho Trad (PMDB). Segundo o diretor presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Rudel Trindade Junior apenas 27% dos usuários ainda pagam a passagem em dinheiro.

Para o vereador Athayde Nery (PPS), a proposta não pode ser incondicional. “Não se pode impor o uso do cartão sem que haja alternativa. Além disso, a questão da segurança exige outro tipo de providências, como monitoramento das vias e mais condições para que o motorista exerça sua função”, alerta.

O vereador Paulo Pedra (PDT) lembrou também que essa proposta contraria o direito do consumidor e, para ele, a alternativa seria a volta dos cobradores aos coletivos. “E afinal, quem tem que garantir a segurança ao cidadão é o Estado”, argumenta.

O presidente da Câmara, vereador Paulo Siufi (PMDB) concorda que a falta de segurança e o crescente número de assaltos aos ônibus é uma questão que precisa de solução urgente, mas considera que o uso obrigatório do cartão, sem alternativa, não é o caminho.

“O assunto ainda vai ser discutido, ainda vamos realizar mais audiências públicas, e isso poderá ser regulamentado por lei, já que o transporte coletivo, apesar de ser feito por empresas privadas, é uma concessão de serviço público”, aponta Siufi.

 Vereadores criticam obrigatoriedade do uso de cartão no transporte coletivo
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