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Política

Vereadores denunciados negam esquema e atacam prefeito

Parlamentares denunciados pela Coffee Break aproveitaram a sessão da Câmara Municipal para se defender

Alberto Dias | 02/06/2016 13:00
Plenário esvazia enquanto vereadores denunciados concedem entrevistas. (Foto: Alberto Dias)
Plenário esvazia enquanto vereadores denunciados concedem entrevistas. (Foto: Alberto Dias)

Vereadores se declararam inocentes na primeira sessão da Câmara Municipal após denúncia da PGJ (Procuradoria-geral de Justiça) que aponta alguns parlamentares suspeitos de compor esquema que culminou na cassação do prefeito, Alcides Bernal (PP), em 2014. Assediados pela imprensa, os citados esclareceram que ainda não foram notificados e não têm conhecimento do teor da denúncia entregue à Justiça.

Com discursos similares, lembraram que não são réus, uma vez que a denúncia ainda não foi acatada pelo TJ-MS (Tribunal de Justiça) e que terão a "oportunidade de defender". Vários, inclusive, atacaram Alcides Bernal (PP), levando cópias de processos que o prefeito responde por improbidade e violação dos princípios administrativos.


Um deles foi o vereador Airton Saraiva (DEM). "Trago aqui sete ações do Ministério Público baseada na CPI do Calote, ou seja, na nossa comissão processante", declarou o democrata. Em tribuna, o vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), chegou a ameaçar o prefeito. "Bernal, torça para que a CPI da Vacina não caia em outra comissão processante, pois meu voto será sim para nova cassação", disse.


Também citado, o vereador Mário César (PMDB), presidente da Casa à época do afastamento, aponta que não é crime ajudar na composição do governo e não houve favorecimento na indicação de cargos. "Não fabricamos nenhum crime. Fizemos tudo na legalidade e transparência". O discurso é o mesmo do tucano Flávio César. "Não agi de forma ilícita e não cometi crime algum. Não existiu vantagem ou associação criminosa. 

Mais sucinto, Edil Albuquerque (PTB) se limitou a afirmar não ter conhecimento do teor da denúncia, mas admitiu que "gera um desgaste político" que pode, inclusive, influir no resultado das eleições. Já o vereador Eduardo Romero (Rede), ao negar qualquer ilicitude, preferiu falar de trabalho. "Agi dentro da lei e da responsabilidade legislativa", disse, lembrando de seus 69 projetos que viraram lei e que demonstram sua atuação.

Discreto, Edson Shimabukuro (PTB) concedeu poucas entrevistas e ao Campo Grande News disse ter conhecimento da denúncia apenas pela imprensa e que, na época, fez questão de averiguar todos os itens que motivaram a cassação do prefeito. "Eu inclusive fazia parte da base aliada de Bernal", relembrou.

O último a prestar esclarecimentos foi o presidente da Casa, João Rocha (PSDB) que, ao encerrar a sessão às 10h50, concedeu entrevista para dizer que os trabalhos do Legislativo seguem normalmente. Quanto à denúncia, lembrou que a cassação de Bernal baseou-se em irregularidades comprovadas. "Se tivéssemos que votar novamente faríamos tudo da mesma forma", disse, finalizando: "vamos produzir nossas defesas e prestar todos os esclarecimentos à sociedade, cumprindo nosso papel de pessoas públicas".

Entre os vereadores denunciados, apenas Jamal Mohamed Salem (PR) não compareceu à Câmara na manhã desta quinta-feira (2).

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