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Política

Vereadores excluem "identidade de gênero" e aprovam Plano de Educação

Juliana Brum e Edivaldo Bitencourt | 23/06/2015 15:00
Após discussão vereadores unidos votam à favor da família retirando a identidade de gênero no Projeto (Foto - Juliana Brum)
Após discussão vereadores unidos votam à favor da família retirando a identidade de gênero no Projeto (Foto - Juliana Brum)

Os vereadores suprimiram a identidade de gênero, o ponto mais polêmico, e a aprovaram o Plano Municipal de Educação na sessão ordinária da Câmara Municipal nesta manhã. Sob protestos de religiosos, os vereadores fizeram discursaram contra a proposta e defenderam a "família campo-grandense".

Católicos e evangélicos acompanharam a votação e protestaram contra os itens, que permitiriam a utilização do nome social e de banheiro por travesti, incluídos no item denominado "identidade de gênero".

Dom Dimas Lara Barbosa, arcebispo metropolitano de Campo Grande, também acompanhou a votação. "A igreja prima pela família e o governo Federal quis impor uma ideologia contrária ao que a igreja acredita e que ela ordena há séculos, não aceitamos a proposta original" defendeu o líder católico.

O presidente da Câmara Municipal, Mario César (PMDB) pediu que a votação fosse suspensa por 20 min para que pudessem fazer as considerações necessárias e voltassem ao plenário para votação. A plateia levou cartazes e aguardou a votação cantando louvores e músicas em favor da família.

"Podem ficar tranquilos porque as famílias campo-grandenses estão preservadas e toda a ideologia de identidade de gênero será suprimida. Foram 18 emendas aprovadas. Vamos manter o direito segundo a visão da família tradicional" afirmou o vereador Herculano Borges (SD) ao sair da reunião momento antes do inicio da votação.

Foram 25 votos a favor do projeto com 18 emendas. Só dois votos contra, da vereadora Luiza Ribeiro (PPS) e de Eduardo Romero (PT do B).

A vereadora alegou que foram inúmeros debates sobre o assunto junto com educadores e avaliado com respeito cada ponto que defende a dignidade de gênero e que seu voto seria contrário para que o jovem fosse respeitado e reconhecido por sua escolha, mesmo sendo diferente.

"Sempre me recordo do caso do aluno gay que precisou sair da escola na Moreninha e ir para outro bairro estudar porque era discriminado. Homenageando o texto original, eu voto não às emendas propostas por este projeto apresentado pelo prefeito" finalizou Luiza.

O Plano Municipal de Educação foi debatido em reuniões com entidades e aprovado pelo Conselho Municipal de Educação, segundo o chefe interino da Semed, Wilson do Prado.

O vereador Eduardo Romero (PTdo B) defendeu que quando se fala em identidade de gêneros ele acredita que mulheres negras, indígenas dentre outras classificações também estão inclusas e por isto ele não concorda e votou contra.

Paulo Siufi (PMDB) votou a favor da supressão da identidade de gênero e comemorou a aprovação com os colegas. Ele fez um discurso fervoroso em defesa da família tradicional.

"Nós fomos traídos pelo Governo Federal, mais uma vez. O projeto vai contra à família. Defendo que a educação sexual seja feita dentro de casa. Este projeto foi mandado de forma sorrateira e muitas Câmaras aprovaram sem nem saber do que se tratava. Não podemos aceitar este tipo de conduta. Não somos à favor da violência e nem da discriminação, mas defendemos o direito dos pais ensinarem seus filhos sobre a sexualidade" defendeu Siufi.

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