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Política

Vereadores querem contrapartida de empresas para aprovar doação de área

Ludyney Moura e Kleber Clajus | 03/11/2014 17:59
Projeto do Executivo com doações deve ser analisado amanhã pela Câmara (Foto: Arquivo/CGNews)
Projeto do Executivo com doações deve ser analisado amanhã pela Câmara (Foto: Arquivo/CGNews)

A intenção da Prefeitura de Campo Grande de apoiar a construção da chamada “Cidade do Ônibus”, com a doação de 10 áreas para as empresas de transporte intermunicipal e interestadual que atuam na Capital, ainda não é consenso entre os vereadores, que querem uma contrapartida das beneficiadas. O projeto está em tramitação desde o mês passado na Casa de Leis.

No total, os terrenos a serem doados representam benefícios de quase R$ 6 milhões. Uma outra área também integrante do Prodes (Programa de Incentivos para o Desenvolvimento Econômico e Social), para a Otimix Brasil, está na pauta dos vereadores.

“Os vereadores são contra sem ter contrapartida para o município. Tem emendas para tirar a doação, mantendo os incentivos porque tem que doar para quem não tem e as empresas são milionárias. Essa iniciativa vai reduzir empregos. Os empresários tem que mostrar vantagens e que o povo de Campo Grande não vai ter prejuízo. Do jeito que está não tem consenso. Hoje votaria contrário”, declarou o vereador Carlão (PSB), que cobrou mais diálogo com o Executivo.

Paulo Pedra (PDT), também é contrário. “Não pode doar para empresa que está aqui e a doação é para desempregar e não empregar. Foge ao que determina o Prodes. São empresas milionárias que possuem áreas. Benefícios fiscais podem, mas não áreas. Eles que comprem. A prefeitura com dificuldade financeira e como vai doar?”, questionou o pedetista.

Já o presidente da Casa, vereador Mário César (PMDB), preferiu adotar um tom mais consensual. “Não podemos esquecer que esse projeto é muito bom para Campo Grande, porque vai desafogar os ônibus do centro da cidade e otimizar a fluidez de trânsito. Vamos ver o que conseguimos de alternativa para destravar a pauta, porque tem IPTU e outro projetos do Executivo para votar”, disse.

O vereador Airton Saravia (DEM) lembrou que a instalação da CCR/MSVia (Empresa responsável pela administração, reforma, operação e duplicação da BR-163/MS) na Capital, recebeu uma área estimada em R$ 1,5 milhão e ofereceu uma praça ao custo de R$ 300 mil, 20% do valor ofertado.

“A prefeitura está precisando de dinheiro. Temos interesse em resolver. Sei que o setor passa situação difícil, mas precisamos de contrapartida e o Prodes não pode dar área de graça. Temos que negociar escolas, Ceinf (Centro de Educação Infantil), tem que entregar contrapartida deles”, finalizou o democrata.

O titular da Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Comércio), Edil Albuquerque (PMDB), foi procurado pela reportagem para comentar a posição dos vereadores, mas passou a tarde em reunião com o prefeito Gilmar Olarte (PP) e não falou sobre o assunto.

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