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Política

Vereadores têm esperança de acordo, mas apoiam greve do magistério

Aline dos Santose Kleber Clajus | 04/11/2014 12:28
Câmara quer cumprimento de lei que define reajuste para professores. (Foto: Kleber Clajus)
Câmara quer cumprimento de lei que define reajuste para professores. (Foto: Kleber Clajus)

O anúncio de greve dos professores em Campo Grande tem apoio de vereadores. Ontem, os profissionais que atuam na rede municipal de ensino divulgaram paralisação a partir de quinta-feira, dia 6. Eles cobram reajuste de 8,46%, previsto na Lei 5.189/2013. O prefeito Gilmar Olarte (PP) propôs pagar até dia 30 de novembro, utilizando dinheiro da antecipação de outorga onerosa da Águas Guariroba.

Hoje, na Câmara Municipal, a expectativa dos parlamentares é que tenha um acordo, mas pontuam que a cobrança da categoria é justa.

“O PP manteve e assumiu que cumpriria o acordo. Sofremos intempéries que podem ter influenciado a administração, mas esse era o primeiro grande compromisso pendente e o prefeito já sabia o que tinha pela frente”, afirma a vereadora Carla Stephanini (PMDB).

Ela também critica a utilização de recursos antecipados do pagamento da outorga. “Já antecipou R$ 100 milhões para as obras do PAC. Como fica o recurso projetado para o futuro? Está resolvendo o problema do momento”, salienta a vereadora.

“Essa casa tem que apoiar o indicativo de greve. Na época do André e Nelsinho, negociava antes. É de se lamentar o prefeito não cumprir a lei dizendo que não tem dinheiro”, critica o vereador Paulo Pedra (PDT).

O vereador Herculano Borges (SD) afirma ainda ter esperança de um acordo. “Estou esperançoso que a greve não aconteça e os profissionais sejam beneficiados com o aumento”, diz.

Discurso semelhante foi adotado pela vereadora Rose Modesto (PSDB). “É necessário corte de gasto na prefeitura, mas que não seja extensível à área da educação. Tenho esperança de que o prefeito possa cumprir o acordo e não se tenha greve”, afirma a parlamentar.

Para o vereador Otávio Trad (PtdoB), a prefeitura não pode deixar acontecer a greve, que seria a primeira em 14 anos. “Seria uma vergonha para a cidade”, diz.

Zeca do PT avalia que faltou diálogo por parte da administração municipal. Ele também ironizou a declaração de Olarte, que disse que os professores são inteligentes e, portanto, não fariam greve. “Quer dizer que que faz greve é burro? Fiz muita greve e não me sinto burro”, afirma.

Se despedindo do posto de líder do prefeito, o vereador João Rocha (PSDB) pede paciência aos professores. “O prefeito não está com recurso disponível, fazendo esforço para arrecadar. O pessoal precisava ter um pouco mais de paciência para equacionar as coisas”, defende.

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