"Virou as costas" ao campo que o elegeu, diz Nelsinho sobre irmão petista
Após filiação de Fábio Trad ao PT em Brasília, Nelsinho afirma que escolha rompe tradição familiar
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O senador Nelsinho Trad (PSD) comentou nesta quinta-feira (21) a decisão do irmão, o advogado e ex-deputado federal Fábio Trad, de se filiar ao Partido dos Trabalhadores. Em entrevista, ele afirmou que respeita a escolha, mas classificou o movimento como uma ruptura com a trajetória política da família.
RESUMO
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O senador Nelsinho Trad (PSD) manifestou-se sobre a filiação de seu irmão, Fábio Trad, ao Partido dos Trabalhadores. Embora respeitando a decisão, o parlamentar considerou a mudança uma ruptura com a trajetória política conservadora da família, que historicamente se opôs ao PT. Em cerimônia realizada em Brasília, Fábio Trad justificou sua escolha pelo atual cenário político, defendendo valores democráticos e políticas de redistribuição de renda. O ex-deputado federal é cotado para disputar o governo estadual em 2026, mas indica preferência por candidatura à Câmara dos Deputados.
“Ele é uma pessoa que tem a convicção dele, tem a ideologia dele. A gente tem que respeitar isso, mas ele está num campo totalmente oposto ao que foi forjado. Ele existe na política devido ao campo centro conservador que sempre elegeu ele. É a opção que ele tomou. O que eu posso fazer? Isso aí não tem como interferir. Ele é meu irmão, não vai deixar de ser”, disse o senador.
Nelsinho comparou a mudança a uma “dupla que se aparta”, ressaltando que, desde a época do pai, a família Trad esteve em lado contrário ao PT. “A gente sempre disputou eleição contra esse campo. Então ele está virando as costas a tudo isso”, afirmou.
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Fábio Trad oficializou sua entrada no PT na quinta-feira (21), em cerimônia realizada na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, em Brasília. O ato contou com a presença da ministra-chefe da pasta, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), além de lideranças da sigla em Mato Grosso do Sul, como os deputados federais Vander Loubet e Camila Jara, a deputada estadual Gleice Jane, o deputado estadual Zeca do PT, os vereadores de Campo Grande Landmark Rios e Jean Ferreira e o presidente municipal do partido, Vladimir Ferreira.
Em entrevista, Fábio afirmou que sua decisão foi motivada pelo atual cenário político. “Ou de estar ao lado das forças democráticas ou de estar ao lado das forças golpistas. E eu evidentemente optei por me filiar ao partido que representa os valores que eu defendo: soberania estatal, estado democrático de direito, instituições sólidas e políticas de redistribuição de renda”.
Embora citado nos bastidores como possível nome do PT para disputar o governo estadual em 2026, Fábio minimiza a especulação. “A chance é de 99,9% de candidatura a deputado federal, mas todos acharam muito cedo discutir cargos agora. Vamos primeiro discutir a reeleição do presidente Lula”, disse.
Ex-membro do PSD desde 2015, ele justificou a saída da legenda pela necessidade de assumir posições mais firmes diante do avanço da extrema direita.
