ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 29º

Política

Zé Teixeira critica demarcação de área quilombola

Redação | 29/04/2009 15:50

O deputado estadual Zé Teixeira (DEM) voltou a se manifestar nesta quarta-feira sobre a demarcação da área quilombola de Picadinha, em Dourados.

Ele ressaltou que a destinação da área aos negros, onde vivem 15 pequenos produtores rurais, é injusta.

O parlamentar apresentou a cronologia da titulação do imóvel. O requerimento de titulação foi feito em 1923 pelo produtor rural Dezidério Felipe Ramão Castro de Oliveira.

O Estado de Mato Grosso (que na época era uno) concedeu o título da área de 3.748 hectares em 1937. Como Oliveira tinha morrido, o juiz Eduardo Barros Falcão Lacerda autorizou a partilha do imóvel, sendo 600 hectares para os descendentes e 3.148 ao engenheiro Valdemiro de Souza.

"O Estado vendeu e titulou há 72 anos", ressaltou o democrata, que é contra a destinação da área para os descendentes de escravos.

O trabalho de demarcação começou a ser feito pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Quinze produtores rurais já foram notificados e podem perder suas terras.

Zé Teixeira afirma que, se o negócio firmado em 1937 for desmanchado, "estarão rasgando a Constituição Federal e deixando a legislação vigente sem valor".

O deputado Amarildo Cruz (PT) defendeu a demarcação. Ele elogiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ter coragem de realizar a criação dos quilombos e fazer justiça.

Nos siga no Google Notícias