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Economia

Área cresce 11,6%, mas geada freia aumento na produção de cana em MS

Zana Zaidan | 09/04/2014 17:21
Presidente da Biosul a apresentou as perspectivas para a safra de cana 2014/15 (Foto: Marcelo Victor)
Presidente da Biosul a apresentou as perspectivas para a safra de cana 2014/15 (Foto: Marcelo Victor)

A área ocupada pela cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul e destinada ao setor sucroalcooleiro vai alcançar 808 mil hectares na safra 2014/2015, ou 11,6% a mais do que no ciclo anterior. As perspectivas para a safra foram divulgadas hoje (9) pela Biosul (Associação de Produtores de Bioenergia de MS).

Apesar do aumento da área cultivada, a ocorrência de geadas impactou diretamente na produção de cana, que deve crescer 6,7% e fechar este ciclo com 44,3 milhões de toneladas. A produtividade será de 65 toneladas de cana por hectare, abaixo dos 66,5 toneladas alcançados na safra anterior.

“É um resultado horrível. Esta safra será um período de recuperação, com necessidade de investimentos pesados, com resultado ainda muito abaixo do real potencial do Estado. A perspectiva é zerar o impacto na próxima safra”, aposta o presidente da Biosul, Roberto Hollanda.

O ATR (Açúcar Total Recuperável) - que corresponde à quantidade de açúcar disponível na matéria-prima subtraída das perdas no processo industrial – foi um dos mais baixos da história do Estado na safra passada (126,74 quilos por tonelada de cana) e, a custa de muitos investimentos das usinas, deve aumentar para 133,2 quilos.

Produção de etanol – O Estado manterá como prioridade a produção do etanol. Conforme a Biosul, o consumo interno em 2013 aumentou 42%, e a produção de etanol hidratado (usado para abastecer os carros) deve crescer 8,2% e atingir 1,77 bilhão de litros. Já para o etanol anidro, aquele misturado à gasolina, fecha esta safra com 668 milhões de litros, um crescimento de 13,9%.

Prejudicada anteriormente pelo baixo teor de sacarose, a expectativa é incrementar a produção de açúcar em 19,12%, e chegar a 1,6 milhão de toneladas.

A geração de bioeletricidade também deve crescer, impulsionada por uma usina do Estado que passou a ser ligada ao (SIN) Sistema Integrado Nacional. A energia gerada é usada para abastecer as próprias usinas e somente o excedente é exportado para o SIN, e deve atingir 2.182 GWh, quantia equivalente a todo consumo residencial do Estado.

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