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Economia

Plantio de árvores pode recuperar área degradada e ainda gerar lucros

Liana Feitosa | 21/09/2015 10:45
No centro das atenções neste Dia da Árvore (21), esses vegetais estão sendo aplicados em pastagens degradadas com o objetivo de recuperar áreas. (Foto: Divulgação / SED GO)
No centro das atenções neste Dia da Árvore (21), esses vegetais estão sendo aplicados em pastagens degradadas com o objetivo de recuperar áreas. (Foto: Divulgação / SED GO)

O plantio de árvores tem sido alternativa positiva na recuperação de grandes extensões de solo. No centro das atenções neste Dia da Árvore (21), esses vegetais estão sendo aplicados em pastagens degradadas com o objetivo de recuperar essas áreas e, ainda, gerar lucro. Para isso, alguns aspectos dessa alternativa precisam ser considerados para garantir o sucesso do manejo, segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Gado de Corte.

Chamada de ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), a técnica permite o manejo animal em harmonia com o cultivo de espécies arbóreas no campo, da qual tem se destacado o eucalipto.

Pontos positivos - Isso ocorre porque esse vegetal apresenta algumas vantagens. Entre elas estão boa capacidade de reprodução, copa pouco densa, crescimento rápido e capacidade de fornecer nitrogênio e nutrientes à pastagem, segundo pesquisador André Dominghetti Ferreira, da Embrapa.

"Além disso, esse vegetal se adapta com facilidade ao ambiente e é tolerante à seca, não apresenta efeitos tóxicos sobre os animais e tem capacidade de fornecer sombra e abrigo bem como controle da erosão", detalha André.

No Brasil, ainda de acordo com o pesquisador, existem mais de 600 espécies dessa árvore, que é estudada há cerca de 80 anos. "Com isso, foram desenvolvidos vários experimentos de melhoramento genético dando origem a vários clones melhorados de acordo com a demanda”, aponta.

A técnica permite o manejo animal em harmonia com o cultivo de espécies arbóreas no campo, da qual tem se destacado o eucalipo. (Foto: Divulgação / Embrapa)
A técnica permite o manejo animal em harmonia com o cultivo de espécies arbóreas no campo, da qual tem se destacado o eucalipo. (Foto: Divulgação / Embrapa)

Versatilidade - A ILPF usa clones que apresentam diversidade de uso, como a densidade da madeira intermediária, o que permite uso para móveis, lenha e carvão. “Apesar da vasta possibilidade de uso da madeira de eucalipto em ILPF, o agricultor deve dar ênfase às formas de uso mais nobres", afirma André.

Entre as alternativas estão postes, madeira serrada e laminados para a produção de móveis, obtendo assim maior lucratividade no sistema. "Quanto mais nobre for o emprego da madeira, mais longo será o período para corte e maior será a complexidade do manejo a ser adotado”, antecipa o pesquisador.

Outras espécies - No Brasil existem espécies nativas com boa qualidade de madeira, que apresentam, além da vantagem de reflorestamento, bom retorno financeiro por meio do seu cultivo.

Entre elas estão está o baru, a canafístula, o cedro rosa e o paricá. “Quanto maior a qualidade da madeira, maior o retorno financeiro. A madeira de algumas espécies é comercializada por valores bem superiores às de outras espécies, mas tudo depende da demanda pela matéria-prima", explica o pesquisador.

"Mas, apesar do maior retorno financeiro, estas espécies demandam maior investimento inicial, em função principalmente do valor de aquisição da muda e manejo pós-plantio”, finaliza.

Essas espécies tem crescimento mais lento que o do eucalipto. Enquanto essa espécie permite a inclusão dos animas na área cerca de 12 a 14 meses após o plantio, as vegetações nativas aumentam o prazo para 24 a 36 meses, dependendo da espécie, forçando o produtor rural a manter a área fechada durante esse período.

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