Anvisa suspende lote de glicose e 11 radiofármacos por risco à qualidade
Produto hospitalar apresentou impurezas e medicamentos de uso em exames perderam autorização da agência
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou, nesta segunda-feira (6), o recolhimento da Glicose 25% Solução Injetável, produzida pela empresa Samtec Biotecnologia Ltda. O lote afetado tem validade até 31 de julho de 2026. A decisão inclui a suspensão imediata da comercialização, distribuição e uso do produto.
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A medida foi tomada após a Prefeitura de Joinville (SC) identificar desvio de qualidade no medicamento, que apresentou material escuro visível no líquido. A glicose injetável é utilizada em hospitais e pronto-atendimentos para tratar hipoglicemia (queda de açúcar no sangue), além de servir como fonte de energia intravenosa para pacientes debilitados ou impossibilitados de se alimentar.
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A agência também suspendeu a importação de 11 medicamentos radiofármacos fabricados pelos Laboratórios Bacon S.A.I.C., da Argentina. O problema foi detectado após inspeção realizada em setembro que encontrou falhas nas BPF (Boas Práticas de Fabricação) de medicamentos estéreis em pó liofilizado, processo que remove a água para garantir a conservação.
Os produtos suspensos são usados em procedimentos de medicina nuclear, como diagnóstico de doenças cardíacas, neurológicas, renais e em tratamentos oncológicos. A lista inclui:
Neurobac Radiofarma, Ciprobac Radiofarma, Cloreto de Estanho Radiofarma, Disida Radiofarma, MAA (macroagregado de albumina) Radiofarma, Pirofosfato Radiofarma, Linfofast Radiofarma, Fitato de Sódio Radiofarma, DTPA (ácido dietilenotriaminopentacético) Radiofarma, Osteobac Radiofarma e Sestamibi Radiofarma.
Segundo a Anvisa, as BPF devem ser seguidas rigorosamente na fabricação de medicamentos estéreis, garantindo que os produtos estejam livres de microrganismos e seguros para uso clínico.
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