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Saúde e Bem-Estar

“Passava despercebido”: mulher descobre doença incurável e hoje não anda

Após anos com dores e sem diagnóstico, Ana Rita depende de cadeira adaptada e precisa de cirurgia na coluna

Por Raíssa Rojas | 16/10/2025 15:45
“Passava despercebido”: mulher descobre doença incurável e hoje não anda
Ana Rita Mendonça Rodrigues vive seus dias acamada e precisanod de ajuda da sua parceira (Foto: Arquivo pessoal)

Há mais de 20 anos, Ana Rita Mendonça Rodrigues convive com dores nas pernas, na lombar e nas nádegas, mas passou esse período automedicando-se com anti-inflamatórios, sem buscar um especialista. “Passava tudo muito despercebido. Durante muitos anos pensei que o reumatologista fosse médico apenas de idosos, e não de pessoas mais novas”, conta, até receber o laudo de Espondilite Anquilosante.

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Ana Rita Mendonça Rodrigues, de 45 anos, convive há mais de 20 anos com dores e foi diagnosticada com Espondilite Anquilosante, uma doença inflamatória crônica que a deixou acamada e dependente de cadeira de rodas. Após anos de automedicação, ela busca tratamento e apoio em grupos de pessoas com a mesma condição. A doença afeta a coluna e articulações, causando dor e rigidez. Ana Rita, que sempre teve uma vida ativa, enfrenta dificuldades diárias e necessita de uma cadeira de rodas adaptada. Sua parceira, Cleia da Silva Correa, deixou o emprego para cuidar dela. Contribuições financeiras podem ser feitas para ajudar com os custos de tratamento e adaptação.

Aos 45 anos, Ana Rita foi de uma vida ativa para ser acamada e dependente de cadeira de rodas há mais de um ano, necessitando de auxílio para atividades que antes eram simples. “Sempre fui uma pessoa muito ativa, praticava artes marciais, brincava de capoeira, corria, dançava também, fui ginasta, trabalhei em obras. Eu nunca tinha ouvido falar que existia essa doença. Passava tudo muito despercebido. O médico me deu o laudo para me aposentar e falou: vamos tratar. Eu pesquisei e comecei a estudar”, relatou ao receber o diagnóstico, sem nem saber o que era.

A espondilite anquilosante é uma doença inflamatória crônica e autoimune que afeta principalmente a coluna vertebral e as articulações sacroilíacas (na base da coluna, perto da bacia). Com o tempo, essa inflamação pode causar dor persistente, rigidez e até a fusão das vértebras, levando à perda de mobilidade e à postura encurvada. A condição pode afetar também outras articulações, olhos, coração e pulmões.

Apesar de não ter cura, o tratamento com medicamentos anti-inflamatórios, fisioterapia e, em alguns casos, imunobiológicos pode controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

Ana Rita começou a participar de grupos de pessoas na mesma situação para se informar e procurar acolhimento. O laudo de espondilite anquilosante veio logo após o de fibromialgia. Em janeiro de 2024, descobriu mais três vértebras em processo degenerativo, além de uma hérnia de disco que pressiona a medula espinhal e o nervo ciático, diagnosticadas por meio de um reumatologista particular, pois sua situação já era muito grave.

“Passava despercebido”: mulher descobre doença incurável e hoje não anda
Raio-x da coluna de Ana Rita quando descobriu processo degenerativo em vertebras (Foto: Arquivo pessoal)

“Foi muito tempo esperando. Começou a piorar em 2022, quando eu tive duas infecções de dengue e comecei a sentir muita dor na lombar. Tudo já indicava que eu tinha há muito tempo, mas demorou para evoluir por conta dos remédios”, desabafa Ana Rita. A preocupação aumentou quando, em agosto do ano passado, contraiu dengue hemorrágica, que evoluiu para uma hepatite medicamentosa devido a todos os anti-inflamatórios que tomou ao longo da vida, segundo Ana.

A parceira de Ana Rita, há mais de oito anos, Cleia da Silva Correa, de 46 anos, pediu demissão do cargo de vigilante para cuidar da esposa. “A cadeira dela está velha e quase a derruba. Precisamos urgentemente de uma cadeira de rodas adaptada”, enfatiza Cleia. Além da cadeira adaptada, Ana Rita pede agilidade para a cirurgia da coluna, que será realizada no Hospital do Pênfigo.

“Passava despercebido”: mulher descobre doença incurável e hoje não anda
Cadeira de rodas precária doada a Ana Rita (Foto: Arquivo pessoal)

“Vivo acamada, sento duas ou três vezes ao dia. Me alimento uma vez ao dia sentada; o resto, deitada. Eu faço minhas necessidades na cama, utilizando uma comadre e usando fralda geriátrica”, conta Ana Rita. Uma cadeira de rodas adaptada para pacientes com espondilite anquilosante deve ser projetada para oferecer suporte postural adequado, considerando as limitações de mobilidade e a rigidez da coluna típicas da doença, promovendo maior segurança e independência ao usuário.

Para quem quer ajudar - Para quem quer ajudar, contribuições em dinheiro podem ser feitas via Pix para o contato (67) 9 9273-1895, em nome de Ana Rita Mendonça Rodrigues.

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