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Educação e Tecnologia

Em um ano, MS perdeu quase 90 mil linhas de telefonia celular

Apenas entre outubro e novembro do ano passado, foram menos 20,7 mil acessos ao sistema móvel pessoal

Humberto Marques | 11/01/2019 19:00
Redução do número de linhas de telefonia móvel no Estado segue tendência nacional. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Redução do número de linhas de telefonia móvel no Estado segue tendência nacional. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Entre novembro de 2017 e o mesmo mês do ano passado, Mato Grosso do Sul perdeu 89.853 linhas de telefonia celular, conforme dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). No período, o número de acessos ao SMP (serviço móvel pessoal) caiu de 3.316.979 linhas para 3.164.247. Desse total, 20,7 mil foram desativadas apenas entre outubro e novembro de 2018, mês com os dados mais recentes sobre o sistema.

Em outubro, havia 3.185.035 linhas de celular ativas no Estado, segundo o levantamento da agência.

A retração na telefonia móvel do Estado acompanha uma tendência nacional. Segundo a Agência Brasil, o número de linhas de celular no país em novembro era de 231,8 milhões, sendo desligados 1,5 milhão de conexões, queda de 0,65% em comparação a outubro de 2018. Trata-se da maior queda do ano.

Nos últimos meses, o encerramento de linhas havia totalizado 900 mil em outubro; 100 mil em setembro; 400 mil em agosto e 300 mil em julho. Nos 12 meses anteriores a novembro, a perda acumulada foi de 3%. A soma de linhas desligadas chegou a 7,2 milhões.

Redução de custos – Segundo o gerente de Universalização da Anatel, Eduardo Jacomassi, essa redução, que já vem de cerca de três anos, ocorreu devido a uma mudança de regulamentação do órgão, que reduziu o custo das ligações entre operadoras diferentes.

“Durante algum tempo era muito caro ligar para outra operadora. Então as pessoas tinham vários chips. Conforme a regulamentação mudou, pessoas que tinham mais de um acesso começaram a desligar e isso se refletiu na quantidade total”, explicou Jacomassi à Agência Brasil.

Do total de novembro, 57,5% dos acessos eram pré-pagos, cerca de 133,3 milhões. Já os pós-pagos representaram 42,5%, ultrapassando os 98 milhões. Entre outubro e novembro, os pacotes pré-pagos diminuíram 2,9 milhões, enquanto os pós-pagos subiram 1,4 milhões. A Anatel não detalhou esses dados por Estados –não havendo, assim, detalhes sobre Mato Grosso do Sul.

Em 2015, os acessos pré-pagos ultrapassavam o índice de 70% da base móvel. Desde então, essa proporção vem caindo em favor dos contratos pós-pagos, que já passaram dos 40%. De acordo com Jacomassi, o avanço do pós-pago está ligado ao fato de que esses planos terem melhores condições em relação aos dados. “Pessoas têm desejado acesso à web, e melhores condições estão ali, incluindo os planos controle”, disse.

Mercado – Na divisão de mercado, a Vivo fechou novembro como maior operadora móvel e totalizou 73,6 milhões de linhas. Esse número não necessariamente é equivalente ao de clientes, já que uma pessoa pode ter mais de uma linha.

A Claro ficou em segundo lugar, com 58,8 milhões de linhas. A TIM veio em seguida, com 56 milhões. Em quarto, a Oi fechou o mês com 37,4 milhões.

Estados – Algumas unidades de Federação registraram aumento de linhas móveis em novembro. Foi o caso de Roraima (6,57%); Amapá (4%); Amazonas (3,4%); Espírito Santo (0,6%) e São Paulo (0,5%).

Em termos de distribuição da base móvel, São Paulo responde por 27% do mercado no país, com 62,9 milhões de linhas em funcionamento. Em seguida vêm Minas Gerais, com 21,8 milhões (9,4%), e Rio de Janeiro, com 19,8 milhões (8,56%).

Linhas fixas – As linhas fixas também caíram em novembro, com menos 141 mil acessos. No total, o mês fechou com 38,6 milhões de linhas. A queda foi menor do que a do mês anterior, outubro, quando o encerramento de contratos de telefonia fixa totalizou 201 mil em todo o país.

Diferentemente dos celulares, a redução das linhas fixas em novembro foi a menor do ano. Em outros meses, o fechamento de linhas fixas já havia sido maior. Somente em janeiro, a base perdeu 478 mil acessos. (Com Agência Brasil)

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