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Capital

Com “felicidade extrema” no dia de tragédia, jovem sonhou com acidente

Edivaldo Bitencourt e Filipe Prado | 29/09/2015 15:38
Lucas Oliver tinha o sonho de ser músico e gostava do curso (Foto: Facebook/Reprodução)
Lucas Oliver tinha o sonho de ser músico e gostava do curso (Foto: Facebook/Reprodução)

No dia do trágico e fatal acidente, o estudante Lucas Ferreira dos Santos, o Lucas Oliver, 19 anos, estava sentindo “felicidade que não cabia no peito” e foi mais amoroso que o normal com amigos e familiares. Além desta coincidência, em dois dias da semana passada, ele sonhou que sofria um acidente trágico de motocicleta.

Conforme a polícia, ele era passageiro da motocicleta Kasinski Comet 250 R, conduzida por Thailer Dias dos Santos, 20, quando houve a colisão com a picape Montana, dirigido por Emerson Miguel Miranda Araújo, 21, que fazia a conversão para entrar na Avenida Tamandaré, na frente da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco).

Lucas foi arremessado a 21 metros do local e morreu antes de ser atendido pelo Corpo de Bombeiros e pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Segundo o tio, André Luiz Ferreira dos Santos, 31, outra coincidência foi o jovem estar como passageiro. Ele só pegou carona com um amigo porque a moto estragou no dia e nem pode fazer a prova do curso de Técnico em Meio Ambiente da Uniderp Agrárias.

Ontem, ele até ligou para o professor e justificou a ausência na prova. No entanto, o estudante decidiu sair com um amigo e sofreu o acidente ao voltar para casa para pegar o telefone celular, que tinha esquecido. A tragédia ocorreu a uma quadra de casa.

O acidente ocorreu uma semana após Lucas ter tido dois pesadelos. Segundo André, ele contou que tinha sonhado com acidente de moto. Nos dois dias, nos sonhos, conforme relato feito aos familiares, ele sofria acidente de moto e rachava a cabeça.

André contou ainda que o sobrinho estava diferente ontem, dia da tragédia. Durante o dia, falou bastante, mais que o normal, com amigos e familiares no whatsapp. Também se mostrou muito amoroso com a mãe e as três irmãs. O jovem também teria dito, ontem, que estava sentindo uma felicidade muito grande.

Amigos da faculdade também compareceram para fazer as homenagens no velório, que acontece na Avenida Ernesto Geisel, em frente ao Horto Florestal. “Era um menino bom”, lamentou-se a amiga e vice-líder da sala, Eunice Gomes, 36. A formatura da turma está prevista para dezembro de 2016.

Lucas tinha paixão pelo curso e também gostava de tocar violão com os amigos. “Ele sonhava em ser músico”, contou o tio, durante o velório. Apesar do pai não o ter reconhecido como filho, Lucas sempre conviveu bem com a mãe e as três irmãs.

Em meio a dor e a tragédia, a mãe ainda doou as córneas de Lucas Oliver. O sepultamento acontece às 16h no Cemitério São Francisco, o Cruzeiro, na saída para Cuiabá.

André conta que sobrinho sonhou duas vezes com acidente (Foto: Gerson Walber)
André conta que sobrinho sonhou duas vezes com acidente (Foto: Gerson Walber)
Amigos e familiares durante velório de estudante (Foto: Gerson Walber)
Amigos e familiares durante velório de estudante (Foto: Gerson Walber)
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