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Interior

De Olho na TV

Reinaldo Rosa | 19/09/2012 06:15

ODETE ROITMAN DE VOLTA - Max, persongem de Marcello Novaes, em Avenida Brasil, será assassinado dentro de mais alguns capítulos. Como manda o manjado roteiro de alguns autores, o fato será acompanhado do mistério tipo "quem matou quem"? Morte de um dos principais protagonistas em tramas não é novidade para telespectador nenhum. O ruim é saber que esse clichê já deu o que tinha de dar.

ENROLANDO O LERO - É fácil constatar as intenções do autor quando, a cada capítulo, coloca tons ameaçadores na fala de coadjuvantes próximos à vítima da vez. E não adianta conjecturar na bolsa de apostas para ver quem acerta o suspeito. Autor e respectiva rede faz o que bem quer com a expectativa de noveleiros. O que interessa são os índices de audiência que a novela alcança. E alcançará com tal expediente; até opinião pública entra na dança no grande mistério e, como em outras oportunidades, pode ter o desfecho que o público espera. Ou não.

JÁ VIMOS ESSE FILME - Seremos surpreendidos com Max ressuscitado no fim da atração e, como despedida solene, dando uma banana para todos? Um clichê a mais não faz mal a ninguém. Mas sempre terá quem discuta o assunto nas rodas de tereré. É isso que interessa à Rede Globo.

INDEPENDÊNCIA E MORTE – Com o surgimento de gravadoras independentes, baixou significativamente o faturamento de vários setores da discografia nacional. Alguns ganharam (cantores e cantoras; músicos e bandas) outros perderam; a economia com jabaculê foi grande. Pra quem não sabe, o popular jabá, é aquele algo mais destinado a apresentadores de TV e programadores musicais de rádio e serviços de alto-falantes.

BIPOLAR - Não sem razão acabou aquela disputa entre programas dominicais que enchiam olhos, ouvidos e sacos com a apresentação massiva de determinados cantores. No auge do emprego de verbas (para ser democrático) gravadoras multinacionais aplicavam tanto nesse quesito que, numa tarde de domingo, era possível ver o mesmo artista em dois canais simultaneamente. A rede que não estivesse com o dito cujo ao vivo, colocava no ar gravações anteriores ou inéditas.

MILHÕES EM DISPUTA – A cada domingo, além de nomes consagrados no ibope de então, como Ivete Sangalo e Claudia Leitte, disputadas a tapa pelos apresentadores-programadores, muita coisa desfilou no palco da Rede Globo. Sob a proteção nada divina das gravadoras, todo domingo tínhamos algum campeão de vendas com mais de vinte milhões de cópias vendidas no Domingão.

TV EDUCATIVA – Podem reclamar de gestos, trejeitos, forma de falar ou da pasteurização na postura de profissionais da TV Morena, em relação ao quesito padrão de qualidade da Rede Globo. A verdade é que (e talvez por isso) a emissora da av. Eduardo Elias Zahran revelou nomes importantes para o telejornalismo nacional.

FAMOSOS, QUEM? – Honório Jacometto, Ogg Ibrahim, Veruska Donato, Carmen Cestari, que foi e voltou, depois de algum tempo na Band paulista, Paulo Gonçalves e outros bons profissionais, saíram da ‘oficina’ da afiliada local da Rede Globo.

AO MESTRE, COM CARINHO – Outros ‘prata da casa’ da Morena devem parte do sucesso ao mestre das ilhas de edição, Jesus Pedro, ocupando um dos mais importantes cargos da TV Morena. Resultado de competência e humildade.

CIDADE DOS SONHOS – A campanha política no rádio e televisão mostra candidatos a prefeito prometendo à cidade que todos queremos – e a que eles sonham e pensam que acreditamos. Batem no calcanhar da administração municipal atual em itens como saúde, educação, IPTU escorchante e (a decantada) ‘maior tarifa de ônibus’ do país.

IMPERIOSO – Desde os tempos do primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Souza, políticos em campanha,prometem a mesma coisa e até hoje nada (para o eleitor e tudo pra eles). Na educação basilar, nos deparamos com jovens preparados nos bancos escolares lendo sem entender; escrevendo ‘tb’, ‘vc’, ‘ksa’, ‘as mina’ e ‘us manu’. Painéis de enganação ao eleitor continuam sendo distribuídos aos eleitores que, sabem, percentual mínimo será feito pelo eleito.

MEU PIRÃO – Somente razões, nada democráticas, para entender tanto empenho em administrar uma cidade. O progresso de grupos de amigos (e do mandatário maior, em especial) está nesse rol de volúpia pelo poder. Segundo levantamentos da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, ‘nas últimas duas décadas se consolidou no Brasil a situação de dependência dos municípios das transferências de recursos por parte do governo federal e dos estados’.

CADA UM DÁ O QUE TEM – Ainda a Firjan: com base em dados que vão até 2010, 94% dos mais de cinco mil municípios brasileiros têm nessas transferências pelo menos 70% de suas receitas correntes, e 83% não conseguem gerar nem 20% de receitas.

PASSANDO A SACOLINHA - Forte desempenho econômico e crescimento na arrecadação pública beneficiaram os municípios com aumento nas receitas, tanto próprias quanto de transferências. "Maior repasse de recursos não traduz em melhor qualidade nos serviços prestados à população", afirmam os autores do estudo. "Essa realidade é fruto de má administração". Questões econômicas que nos afligem e que nenhum candidato colocou em discussão nem em seus programas de governo.

MOUCOS – E jornalistas do estado ‘esqueceram’ de repercutir o informe da Firjan, considerando-se o atual momento de campanha eleitoral.

EU SOU DA GLOBO – Bastou Jennifer Lopez ser alçada ao 38º posto de mulher de maior influência no mundo, segundo a revista Forbes, para a cantora-atriz tomar importante decisão. Funcionários que trabalham na reforma de sua casa teriam sido avisados de que não devem interagir com a estrela de 43 anos de idade. Deixou claro que, se qualquer um dos contratantes, motorista ou ajudantes domésticas fizerem contato visual ou falasse com ela, ela não iria ficar feliz. Como diria a Thaís: "épracabá".

Abraços Castro Jorge.

DO FUNDO DA ARCA

ANTES – Chico segurando entre os dedos o que, segundo ele próprio, foi a razão de sua agonia e morte.
ANTES – Chico segurando entre os dedos o que, segundo ele próprio, foi a razão de sua agonia e morte.

AGORA – Todos sabem.

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