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Interior

Carro de casal assassinado seria usado no tráfico de drogas, diz polícia

Luciana Brazil | 15/01/2015 12:11
Carro das vítimas incendiado pelos criminosos. (Foto: Dourados News)
Carro das vítimas incendiado pelos criminosos. (Foto: Dourados News)

O carro do casal de Maracaju que foi encontrado morto no dia 20 de dezembro de 2014, em Itaporã, a 227 quilômetros de Campo Grande, seria usado no tráfico de drogas, segundo investigação da Polícia Civil.

Porém, possíveis problemas mecânicos no veículo Fiat Uno teria impossibilitado o crime e o carro acabou incendiado. O casal Marco Antônio Duarte Landrin, 39 anos, e Vilma Santana Toldato, 33 anos, foi morto na ação.

Conforme o delegado titular de Itaporã, Ricardo Bernadinelli, os suspeitos, um deles já preso, procuravam um veículo pequeno para levar um carregamento de drogas de Amambai até Itaporã, de onde, posteriormente, seria entregue na fronteira com o Paraguai.

A investigação aponta ainda que a adolescente Ana Lorena dos Santos, 14 anos, namorada de um dos criminosos, que também participou do assassinato do casal e acabou morta como “queima de arquivo”, teria dito após o crime que o carro não “prestava”.

“Ela disse para algumas amigas que o carro não prestava. A filha do casal morto chegou a confirmar que o carro tinha um problema no câmbio e que já tinha ido parar na oficina”, afirmou o delegado Bernadinelli.

Suspeitos- Um dos envolvidos na morte de Vilma e Marco Antônio já está preso. Claudio Ramirez, 32 anos, foi detido por porte ilegal de arma, em Dourados, no dia 5 de janeiro. Durante investigação, o delegado Bernardinelli cruzou as informações e verificou que Claudio seria um dos envolvidos na morte do casal de Maracaju.

“Até mesmo pela descrição física nós confirmamos que Claudio era quem procurávamos”, disse o delegado. Ramirez negou participação no assassinato de Vilma e Marco Antônio.

A polícia procura agora outros dois envolvidos, um deles o chefe da quadrilha identificado como Alexsandro da Silva, conhecido como “Pepe”, o namorado de Ana Lorena. “Tem ainda uma terceira pessoa”, confirmou Bernadinelli, sem dar sua identificação.

O delegado já fez o pedido de prisão temporária de Claudio e Alexsandro. Claudio já foi interrogado e indiciado por latrocínio e homicídio qualificado com omissão de cadáver. “Neste caso, significa ocultar ou conseguir impunidade pelo crime anterior, que foi o crime contra a adolescente Ana Lorena”, afirmou o delegado.

Alexsandro vai responder pelos mesmos crimes. A pena dos dois crimes é superior a 50 anos de detenção.

Triangulo amoroso- Durante depoimento, Claudio Ramirez disse que não participou do assassinato do casal. Ele contou ainda que foi ameaçado por “Pepe” que tinha ciúme de seu relacionamento com a adolescente Ana Lorena. Segundo o delegado, ele se contradiz no depoimento ao negar envolvimento com a menina, mas em seguida diz que pediu Ana Lorena em namoro, fazendo o pedido aos pais da jovem.

“Já temos a história e a dinâmica. Agora procuramos o terceiro envolvido. Quem participou da morte do casal foram os três homens e a menina”.

Caso- O casal desapareceu no dia 14 de dezembro quando seguiam para Maracaju, onde moravam, após uma confraternização familiar em Dourados. O veículo de Vilma e Marco Antônio foi encontrado incendido no mesmo dia e os corpos foram achados seis dias depois, em uma plantação.

A adolescente Ana Lorena desapareceu no dia 28 de dezembro e seu corpo foi encontrado no dia 30, próximo ao local onde o casal foi achado. Segundo a polícia, a menina era moradora de Itaporã, namorava um dos integrantes da quadrilha e participou do assassinato do casal. Ela foi morta depois falar para as amigas sobre o crime.

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