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A poupança morreu, mas será que você percebeu?

Renato De Vuono | 13/12/2016 09:14

Você rasga dinheiro? Queima? Falo no sentido literal mesmo. Saca uma pequena pilha de dinheiro de sua conta corrente e atear fogo? A resposta, provavelmente, é não, certo? Pois bem, ninguém em sã consciência faz isso. Pelo menos não nós, meros mortais que ainda temos que trabalhar muito para conquistar as coisas. Bom, mas há mais maneiras de se “rasgar” dinheiro do que nossos olhos podem ver. Se você quer enriquecer, é bom ficar atento.

Sim, você rasga dinheiro! - É quase um absurdo falar que você está perdendo dinheiro, quando na verdade está tentando poupar, não é? Mas, é isso o que tem acontecido com aquela grana que, insistentemente, você tem aplicado na poupança. Isso acontece porque a rentabilidade da poupança é tão baixa, que perde (feio) para a inflação. Para se ter ideia, em 2015, a poupança remunera o investidor em pouco mais de 8%, enquanto o IPCA (índice oficial da inflação) foi de 10,67%. Isso quer dizer que, você não ganhou 8%, e sim perdeu 2,67. Claro, essa não é uma perda nominal. Isso quer dizer, você não vai olhar seu extrato e o dinheiro encolheu. E, justamente por isso, que ninguém percebe o que está acontecendo.

Poupei para comprar um carro zero, mas não deu - Pouca gente percebe a relação da inflação com a piora em sua vida, através da perda de poder aquisitivo. É mais ou menos como se tivesse guardado dinheiro o ano todo para comprar um carro zero, mas ao fim, só deu para comprar um usado. No dia em que começou poupar o carro custava 30 mil. No dia que pretendia comprá-lo, o preço saltou para R$ 33.201,00. Já, o dinheiro aplicado na poupança, alcançou R$ 32.448,00.
Na prática, você perdeu R$ 753,00 em seu poder aquisitivo. Se o mesmo dinheiro tivesse sido aplicado no TESOURO SELIC, mesmo aplicando a alíquota máxima do IR (que não seria o caso), você teria R$ 33.313,00. Ou seja, compraria o carro e ainda sobraria um “troquinho” para colocar combustível na saída da concessionária.

Chega de jogar dinheiro fora - Se para você ainda é tudo muito novo, não precisa ir com pressa. O Tesouro Selic é um excelente substituto para a poupança. A liquidez é diária (dias úteis) e a rentabilidade também; diferente da poupança que é mensal.

Assim, se você precisar sacar o dinheiro antes de 30 dias, ele já terá sido remunerado. E se o problema é que você é “muito conservador”, acredite, esse é o investimento mais conservador que existe. Bancos, empresas, fundos, todos os “peixes grandes” colocam grandes quantias de dinheiro (imensas) nesse tipo de título.

Então, se o medo é “perder tudo”, coloque as coisas sob o seguinte prisma: se o governo não honrar esses títulos, sua poupança terá virado pó um bom tempo antes, e não há FGC que dê jeito em um cenário desses. Então, abra sua conta na corretora, transfira seu dinheiro e pare de perder! Fique atento apenas com as particularidades de resgate para que não seja pego de surpresa em uma emergência. Um pouco (muito pouco) pode ficar na poupança para esses casos extremos.

Enriquecer exige, obrigatoriamente, mudança de comportamento e, por consequência, sair da zona de conforto. No começo dá frio na barriga, afinal, tudo é “muito novo”. E você ouviu aquele seu amigo dizer quanta grana ele perdeu. Só perde dinheiro que faz as coisas sem pensar, sem se informar. Por isso falei do Tesouro Selic para começar: você deixa de perder, e tem tempo de aprender outras formas de fazer seu dinheiro render ainda mais.
E esqueça aquela conversa da “melhor hora para começar”. A melhor hora é agora, simples assim. Quanto mais espera, mais dinheiro você rasga. E quanto mais dinheiro rasgado, mais longe da riqueza você vai ficar. Vida plena e próspera, estimado leitor! Aproveite o fim de semana e nos vemos na próxima!

Fonte:Renato De Vuono/ Dinheirama
Disclaimer: A informação contida nestes artigos, ou em qualquer outra publicação relacionada com o nome do autor, não constitui orientação direta ou indicação de produtos de investimentos. Antes de começar a operar no SFN - Sistema Financeiro Nacional o leitor deverá aprofundar seus conhecimentos, buscando auxílio de profissionais habilitados para análise de seu perfil específico. Portanto, fica o autor isento de qualquer responsabilidade pelos atos cometidos de terceiros e suas consequências. (*) Emanuel Gutierrez Steffen é criador do portal www.mayel.com.br

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