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Controles Internos como ferramenta de gestão

André Tourinho (*) | 26/05/2023 10:55

Escrever um artigo para dizer que controles internos são uma função útil e essencial para uma boa governança corporativa das empresas seria “chover no molhado”. Grandes e pequenas empresas sabem da importância de se ter controles eficazes para a governança e para a integridade das informações em suas respectivas demonstrações financeiras.

A falta de controles pode ser facilmente percebida por erros em demonstrativos contábeis, inconsistências em estoques e ineficiências operacionais, causando, por fim, perdas financeiras para o negócio. Os controles internos, então, devem ser associados como ferramentas da gestão para que as estratégias e os objetivos da empresa sejam alcançados.

É nessa linha que os controles internos são definidos pelo Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission – COSO, uma das principais entidades internacionais dedicadas a desenvolver estruturas e orientações sobre controles internos, gerenciamento de riscos corporativos e análise de situações de fraudes, projetadas para aprimorar o desempenho organizacional, além de monitorar e reduzir a extensão de fraudes nas organizações. Para o COSO, controle interno “é um processo efetivado pelo conselho de administração ou pela gestão de uma entidade, projetado para fornecer garantia razoável em relação à realização de objetivos referentes a operações, relatórios de reporte e conformidade com as leis e regras internas”.

Os controles internos vão muito além de simples ações ou regras internas. Não é apenas uma questão de ter controles para ter uma boa governança, mas de adotar os controles no dia a dia do negócio para evitar surpresas, materialização de impactos indesejados e, consequentemente, perdas financeiras relevantes.

Como pilares essenciais de prevenção em um Programa de Compliance, são ferramentas que não visam burocratizar, mas garantir. São funções que buscam prever como determinadas decisões empresariais devem ser aprovadas e registradas para a continuidade do negócio; formalizar como ocorreram ações e operações; e ser suporte de dados e registro de operações. Tudo isso para garantir que as demonstrações financeiras reflitam a realidade dos negócios, dando confiabilidade para novos investimentos e avaliações de capital e assegurando que a gestão continuará a realizar as atividades empresariais de forma sustentável.

Como regra geral, não é mandatório que toda empresa possua um departamento específico de controles internos para a execução de suas atividades (apesar de ser uma melhor prática!), mas é necessário que a administração adote os controles internos necessários para garantir que o negócio irá atingir seus objetivos e, consequentemente, crescer.

No mês de maio, em que se celebra a conscientização da auditoria interna, é importante frisar que as ferramentas de controles internos dão o suporte necessário para que os testes de auditoria evidenciem a saúde dos processos da empresa.

A Eldorado Brasil conta com uma área de controles internos que tem o suporte necessário da administração, como parte da estratégia da empresa de manter os mais altos padrões de eficiência e competitividade.

(*) André Tourinho é gerente de Compliance da Eldorado Brasil Celulose.

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