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Da continuidade

Por Heitor Freire (*) | 22/07/2019 06:51

Em todo o mundo há somente duas espécies de pessoas: as que sabem e as que não sabem. (Krishnamurti in Aos pés do Mestre).

A vida é uma escola de aprendizado contínuo para quem tem olhos para ver, ouvidos para ouvir e mente para discernir. Assim, para saber, como ensina Krishnamurti na introdução deste artigo, é preciso estar atento a tudo que nos acontece de bem e também de mal, pois tudo é aprendizado, que nos conduz ao conhecimento.

Esse conhecimento nos mostra o verdadeiro caminho: a busca no interior de nós mesmos que nos dará o norte para o aprimoramento constante. É mais uma confirmação de que o caminho é interior, dentro de nós e não fora. É dentro que iremos encontrar o verdadeiro significado da evolução por meio da meditação e da prática constante.

O conferencista e instrutor de Projeciologia Wagner Borges escreveu:

“Então, que nossos pensamentos e sentimentos sejam sempre luminosos!

Nós estamos aqui por um motivo. Cada dia é uma bênção e fonte de eterno recomeço.

Mas jamais descobriremos isso pelas vias da mente racional. Nem com o passar dos anos na carne; e nem com todo conhecimento do mundo. Uma parte de nós sabe e compreende o mistério. Sim, aquela parte que habita em nossos corações. Aquela que é a verdadeira essência”. A fonte. A origem. A Flor da Vida. Esse é o caminho.

Na busca da verdade nosso empenho deve continuar sendo de aprendizado contínuo até os últimos momentos de nossa encarnação para, assim, aproveitar a oportunidade que nos é concedida por Deus. E depois, naturalmente, dar continuidade na espiritualidade. A vida é eterna e dinâmica.

É claro que isso nos conduz a um lugar melhor de nós mesmos. É maravilhoso fazer tudo isso. Mas não basta. Todas essas coisas são parte do caminho, parte do caminhar. Todas essas formas de nos acessarmos fazem parte da teoria, mas a prática mesmo são os relacionamentos.

Anthony Robbins, escritor e palestrante motivacional americano, principal divulgador da PNL (Programação Neurolinguistíca), no documentário “Eu não sou seu guru”, ensina o seguinte:

“Não basta se espiritualizar, fazer caridade e tratar mal o porteiro, o garçom, o caixa do supermercado. E não basta achar que somos maravilhosos e seres elevados, se não conseguirmos saber, de verdade, quem somos. Achar não resolve, temos que saber.

É preciso reconhecer que se nos julgamos melhores ou mais evoluídos porque não comemos carne, porque produzimos menos lixo, porque andamos de bicicleta ou por qualquer outra coisa, tudo o que não somos é evoluídos. Porque seres evoluídos não se comparam e não competem. Eles são o que são, sabem disso e não precisam provar para ninguém.

Agora o caminho se completa com o relacionamento. Porque de nada adianta ter acesso à fonte se esse acesso e aprendizado não se realizar por intermédio do relacionamento humano. O que nos faz crescer e evoluir são as nossas relações. É nelas que mostramos quem somos. É onde mostramos o nosso verdadeiro ser”.

Complementando com uma frase de Marie Curie (1867- 1934), física polonesa, única mulher a ganhar por duas vezes o prêmio Nobel (de física e de química) e cuja encarnação é considerada um divisor de águas no campo da ciência: “A vida não é fácil para nenhum de nós. Mas que importância isso tem? Devemos ainda ter perseverança e, acima de tudo, confiança em nós mesmos. Com essas duas qualidades, todas as coisas se tornam possíveis”.

Concluindo com um aprendizado de minha lavra: aplicar as três pontas do triângulo sagrado: fé, perseverança e continuidade, inscrito no círculo do entendimento, (autoconhecimento).

O que você sabe não tem nenhum valor; o que tem valor é o que você faz com o que você sabe. (Princípio da Filosofia Kung Fu).

(*) Heitor Rodrigues Freire é corretor de imóveis e advogado.

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