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Da inversão de valores

Por Heitor Freire (*) | 23/05/2018 12:43

A evolução da humanidade se dá por ciclos que a ciência chama de eóns. São períodos de 26 mil anos, que é o tempo que o Sol leva para completar um movimento terrestre conhecido como precessão dos equinócios. A divisão desse tempo por doze resulta em períodos de 2.160 anos, tempo de duração de cada era astrológica.

Um éon representa a divisão máxima de tempo existente utilizado na escala temporal geográfica. Este é o único marco de referência dos humanos para representar de maneira organizada e cronológica os diversos acontecimentos que tiveram lugar na história do planeta.

No entanto, vale destacar sua importância na hora de compreender por que começa ou termina um éon. Esta situação de começo ou fim está determinada pelas mudanças substanciais e importantes no que diz respeito à evolução dos seres vivos.

Éon deriva do termo grego “aion”, que significa era ou força vital.

O nosso planeta já passou por situações extremas ao longo de sua história. Segundo relatos de documentos obtidos de forma esparsa, a Terra atingiu, com o advento da Lemúria (o continente submerso no Oceano Pacífico), e depois com Atlântida (submerso no Oceano Atlântico, de onde deriva o nome deste Oceano), uma evolução espiritual da mais alta relevância. Mas com a dissolução dos costumes, a Ordem Maior, constituída pelos grandes mestres da espiritualidade, sob o comando de Jesus, diante da total inversão de valores da humanidade de então, decidiu pelo ato extremo de sua completa extinção.

A Ordem Maior não faz acepção de pessoas. Proporciona a todos a oportunidade de evolução constante e assistida.

Quando aqueles que assumiram o compromisso de contribuir para a evolução se desviam de seus objetivos, por atos de seu livre arbítrio, simplesmente são desconsiderados e substituídos por outros.

A Bíblia nos relata a destruição de Sodoma e de Gomorra, como exemplo muito claro de ação extrema para depuração dos costumes.

Hoje, me parece, estamos vivendo situação idêntica. O que se observa de atitudes contraditórias no comportamento das pessoas, quando constatamos a corrupção tornando-se a regra no comportamento dos políticos e dos altos empresários, quando o amor é substituído pelo ódio entre as classes, quando o interesse se sobrepõe aos princípios, quando vemos tantas pessoas desalojadas de suas pátrias, perdendo toda a perspectiva de vida, quando o gênero natural de divisão do ser humano é totalmente corrompido, estamos chegando ao ato extremo para o qual só haverá uma possibilidade: a destruição total.

O mesmo se dá quando vemos que a igreja católica se desmoraliza com os atos de seus bispos e padres, e uma grande parte das denominações ditas religiosas submetem seus fiéis a uma lavagem cerebral, desvirtuando o ensinamento de Jesus. Nesse cenário desponta a Doutrina Espírita como farol a iluminar o caminho da humanidade.

Se não houver uma mudança de atitude, se persistirem todas essas ações desencontradas e inconsequentes, com todos justificando seus atos com os mais absurdos argumentos, tudo indica que não haverá solução.

O que fazer, meu Deus? É voltar-nos para o nosso interior, cada um buscando dentro de si a energia, a força com que somos naturalmente dotados para fazer a nossa libertação.

É proceder à união das famílias em torno de seus familiares. É a hora de cada um que enxerga esse oceano de procedimentos contrários à lei de Deus influir conscientemente em seu meio pessoal, profissional, social, procurando agir, com coragem e determinação para que haja uma mudança.

É o momento de buscar nossa união com Deus. Ele está dentro de cada um, no coração de cada ser humano. Nós ainda podemos salvar a humanidade.

Vamos fazê-lo.

(*) Heitor Rodrigues Freire é orretor de imóveis e advogado.

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