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Orgânicos

Por Heitor Freire (*) | 20/03/2012 06:45

Campo Grande exerce uma posição de destaque entre as cidades brasileiras de médio porte. Numa reunião do Comitê de Habitação do CMDU, Marcos Augusto Netto, presidente do SECOVI-MS, decano dos conselheiros e representante da Confederação Nacional do Comércio junto ao Conselho Nacional das Cidades, confirmou isso comentando o que observa nas atividades do Conselho.

Agora, mais uma vez, a nossa cidade se destaca. A SEDESC, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, dando continuidade a um projeto vitorioso de fomento à produção de alimentos naturais sem agrotóxicos, inovou com a implantação do Ônibus de Orgânicos, com a participação da ASSETUR, que cedeu um ônibus. Esse projeto teve início em 2008, através de um convênio firmado com o Ministério da Agricultura, que incentiva a agricultura familiar e cria um cinturão verde em torno da cidade.

Hoje são 125 hortas agro-ecológicas em uma área de 25 hectares destinadas pela prefeitura para a instalação do Pólo de Orgânicos. Havia necessidade também de um local apropriado para a comercialização dos produtos: a partir de 2009, a praça do Rádio Clube, local nobre da cidade, foi designada para, às quartas-feiras, abrigar a feira de orgânicos, que também passou a contar com o estacionamento da prefeitura aos sábados. Localização própria, criativa e inteligente, a custo zero para os produtores.

Agora, o Ministério da Agricultura está solicitando dados a respeito desse projeto para implantar essa iniciativa em outros municípios brasileiros. O ônibus leva à rede escolar municipal, não somente a informação sobre a vantagem de se consumir produtos livres de inseticidas ou agrotóxicos, mas principalmente os cuidados com o meio-ambiente e com as questões nutricionais conscientizando os estudantes para os benefícios decorrentes dessas práticas.

O ônibus foi adaptado para ser um mercado móvel de comercialização dos produtos: no seu interior foram criadas gôndolas nas laterais, similares às dos supermercados. Assim os consumidores entram e circulam no seu interior, escolhendo e selecionando os produtos, pagando ao sair, num caixa instalado dentro do próprio ônibus, ou seja, é uma unidade volante de venda e divulgação.

Outro detalhe importante é que os produtos com toda essa gama de incentivos saem a um preço compatível com os outros produtos cultivados em grande escala e supostamente mais baratos. O consumidor ganha duas vezes: pelo consumo de alimentos naturais e pelo preço acessível.

Essa iniciativa é do secretário titular da SEDESC e vice-prefeito, Edil Albuquerque, que sempre se destacou como um político vocacionado para o fortalecimento do mercado empresarial da cidade. Toda a sua trajetória política sempre foi voltada para essa finalidade. Ele lidera também uma equipe de técnicos de alta envergadura, contando na secretaria adjunta com Natal Baglione Meira Barros, secundado por Orany Furtado da Rocha, superintendente de agronegócios responsável pela gestão do projeto, ambos técnicos muito respeitados.

Parabéns, Campo Grande.

(*)Heitor Freire é corretor de imóveis e advogado.

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