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Realidade aumentada e biodiversidade: nova experiência para o turismo

Guto Kawakami e Wilson Prata (*) | 28/07/2020 11:29

Na chamada era da experiência, a Realidade Aumentada (RA) como tecnologia tem se tornado uma importante ferramenta para proporcionar novas interações em diversos campos e, principalmente, no turismo e no entretenimento.

Uma experiência da qual fizemos parte como pesquisadores do Sidia Instituto de Ciência e Tecnologia com a biodiversidade amazônica, dentro do Bosque da Ciência, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), mostrou o potencial da RA para temas como os ligados à biodiversidade.

O INPA realiza estudos científicos do meio físico e das condições de vida da região amazônica para promover o bem-estar humano e o desenvolvimento socioeconômico. Dentro desse espaço, existe o Bosque da Ciência, uma área de aproximadamente treze hectares, aberta ao público, que tem o objetivo de fomentar e promover o desenvolvimento do programa de difusão científica e de educação ambiental do instituto, preservando a biodiversidade local.

Uma das dores de quem visita o Bosque está na dificuldade de observar algumas das atrações durante a caminhada. Nem todos os animais ficam à vista principalmente quando há muita movimentação na área, gerando frustração aos frequentadores. Como, então, a Realidade Aumentada poderia contribuir com uma melhor experiência dentro Bosque? Em busca desta resposta, desenvolvemos o aplicativo Trilha Animal, destinado a smartphones.

O objetivo foi o de gerar, por meio da RA, uma experiência mais aprofundada aos visitantes do Bosque da Ciência. Seu processo de criação contou com metodologias de Design Thinking e foco prioritário em três etapas: imersão, ideação e prototipação, até que finalmente pudesse ser implementado no INPA.

Nos caminhos do Bosque, foram colocadas placas com QR-Codes que direcionam o visitante para informações mais detalhadas sobre as espécies que irão encontrar pela frente. A experiência em RA mostra imagens que interagem com o ambiente, proporcionando ao usuário a oportunidade de ver com mais detalhes as espécies da fauna amazônica com mais riqueza de informações. Além desses recursos, o Trilha Animal também fornece um mapa, em visualização 3D, para que as pessoas possam se orientar melhor durante o passeio no Bosque.

Os visitantes também terão acesso a diferentes informações sobre os animais, mas os dados só são desbloqueados para os que chegarem até seus locais. Com essa medida, as pessoas ganham mais um incentivo para andar pelo bosque e conhecer efetivamente todos os seus espaços. O app também traz o mapa do Bosque da Ciência com acesso a todos os serviços do local.

A ideia da criação do app em RA é ir além de oferecer apenas recursos lúdicos e informativos aos visitantes locais - seu propósito foca em poder contribuir positivamente com os profissionais e alunos da área, por meio de uma solução inovadora e que enriquece o estudo da biodiversidade amazônica.

(*) Guto Kawakami é UX Designer do Sidia Instituto de Ciência e Tecnologia.

(*) Wilson Prata é Gerente Técnico de Solutions & UX do Sidia Instituto de Ciência e Tecnologia.

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