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Cidades

A cada 5 pessoas mortas pela covid em Campo Grande, uma veio do interior de MS

Saúde notificou para Campo Grande mortes de pacientes vindos de 29 diferentes municípios do Estado

Guilherme Correia | 15/09/2020 08:00
Vista aérea da cidade de Aquidauana; 19 pacientes vindos do município faleceram em Campo Grande (Foto: Flávio André/Ministério do Turismo)
Vista aérea da cidade de Aquidauana; 19 pacientes vindos do município faleceram em Campo Grande (Foto: Flávio André/Ministério do Turismo)

Dentre 552 mortes notificadas em Campo Grande até a domingo (13), segundo dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde), aproximadamente 20% eram de pacientes residentes de municípios do interior de Mato Grosso do Sul que foram internadas na Capital.

Ao todo, a cidade registrou 552 óbitos até o dia 13, mas 108 são de 29 municípios de diferentes regiões do Estado. Até domingo, 444 mortes eram de moradores de Campo Grande. Outros 2 pacientes residentes na Capital, de 101 e 49 anos, morreram fora de Mato Grosso do Sul.

Aquidauana foi responsável pela maior parte dos registros. Conforme levantamento da reportagem, o município contabilizou 19 vítimas que faleceram na Capital. Na mesma contagem, Bonito acrescentou cinco mortes, enquanto Anastácio, Dois Irmãos do Buriti, Guia Lopes da Laguna, Maracaju, Nioaque e Nova Alvorada do Sul tiveram quatro óbitos notificados. Mas até pessoas de Três Lagoas e Porto Murtinho faleceram aqui.

O gráfico abaixo indica quantidade de vítimas do interior:

(Arte: Ricardo Gael)
(Arte: Ricardo Gael)

Os pacientes tinham em média 69 anos de idade. O mais novo, contudo, tinha apenas 27 e vinha de Aquidauana. A maioria (64%) eram homens.

Procurada, a assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) reforça, em nota, que as informações de pacientes do interior que morreram de covid-19 em Campo Grande estão inseridas no sistema dos próprios municípios a fim de evitar "duplicidade no fornecimento das informações"

Era esperado a absorção de pacientes advindos de outros pontos do estado, uma vez que a Capital é o município com o maior número de leitos de UTI, sendo estes ampliados ainda mais durante a pandemia, e conta com o hospital referência em tratamento da doença no Estado", ressalta a assessoria.

Histórico de mortes - A primeira morte vinda de paciente interiorano foi a de um homem, de 46 anos, que faleceu em 1º de abril. Vindo de Chapadão do Sul, a 321 quilômetros de Campo Grande, ele estava internado em UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) pública quando não resistiu à doença.

Mato Grosso do Sul ficou sem registrar novos óbitos vindos de pacientes do interior até o mês seguinte, em 15 de maio. Na ocasião, um idoso, de 83 anos, vindo de Guia Lopes da Laguna, a 227 quilômetros de Campo Grande, faleceu. Dias depois, outro idoso da mesma cidade, de 86 anos, não resistiu e também faleceu na Capital.

No mês seguinte, junho, foram confirmadas cinco mortes de pacientes dessa categoria. Em julho, o número cresceu expressivamente para 49 pacientes. Em agosto, foram 44 mortes.

Até a publicação desta matéria, setembro acumulou sete mortes de pacientes interioranos, vindos de Miranda, Aquidauana, São Gabriel do Oeste (3), Coxim e Terenos.

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