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Cidades

A face cruel do crime e das fatalidades deu as caras de janeiro a dezembro

Neste ano, vários casos chocaram, ganharam contornos surreais e tiveram grande repercussão no Estado

Viviane Oliveira | 29/12/2019 08:46
A face cruel do crime e das fatalidades deu as caras de janeiro a dezembro
Igor foi preso três dias depois do assassinato, mas por uma sequência de erros, progrediu para o semiaberto e na sequência fugiu.  (Foto: Reprodução Facebook)
Igor foi preso três dias depois do assassinato, mas por uma sequência de erros, progrediu para o semiaberto e na sequência fugiu. (Foto: Reprodução Facebook)

O ano de 2019 teve furto de corpo, bebê que caiu em buraco, assassino de motorista solto por erro da Justiça, mãe que invadiu sala de aula e agrediu aluna, a história de um homem trans que só foi enterrado após decisão judicial e tortura transmitida ao vivo. Esses casos chocaram e tiveram grande repercussão no Estado. Alguns deles ganharam contornos não só violentos, mas surreais. 

Um dos primeiros casos, no mês de janeiro, não terminou em morte, mas deixou marcas físicas e psicológicas em uma adolescente 16 anos, vítima de tortura no bairro Guanandi, em Campo Grande. A vítima caiu em uma emboscada, foi agredida e espancada por duas meninas durante duas horas. As agressões foram transmitidas em grupos de WhatsApp e o motivo do crime seria o envolvimento da adolescente com o ex-namorado de uma das agressoras.

Sequência de imagens tiradas da live feita quanto adolescente era torturada (Foto: Direto das Ruas/Arquivo)
Sequência de imagens tiradas da live feita quanto adolescente era torturada (Foto: Direto das Ruas/Arquivo)

Outro fato que chamou atenção começou em outubro de 2018 na Capital, quando Lourival Bezerra Sá, 78 anos, morreu por causa de um infarto e foi levado para o Imol (Instituto Médico Odontológico Legal) para passar por exame de corpo de delito. Lá, foi descoberto que ele apresentava genitália feminina. Desde, então, a polícia iniciou as investigações para esclarecer a real identidade da vítima. Em razão disso, Lourival que viveu, ao que tudo indica, uma vida silenciosa, só foi enterrado em março deste ano, 5 meses após a morte, depois que Justiça autorizou o sepultamento.

Ainda em fevereiro, outra situação surreal foi o furto do corpo da dona de casa, Rosilei Potronieli, 37 anos, 24 horas depois de ser sepultado, no cemitério de Dois Irmãos do Buriti, distante 83 quilômetros de Campo Grande. Rosilei foi esfaqueada no dia 9 e morreu no dia seguinte. Autor do homicídio, Adailso Couto, se apresentou à polícia e foi preso. O velório e o enterro aconteceram no dia 11 pela manhã. No dia seguinte, após chamado do coveiro do cemitério, a Polícia Civil descobriu que o cadáver havia sido furtado.

Cova de onde o corpo de Rosilei foi furtado do cemitério de Dois Irmãos do Buriti (Foto: Marina Pacheco)
Cova de onde o corpo de Rosilei foi furtado do cemitério de Dois Irmãos do Buriti (Foto: Marina Pacheco)

A investigação e duas prisões levaram a polícia ao ex-tenente da Polícia Militar José Gomes Rodrigues, 57 anos, e ex-namorado de Rosilei. Segundo um primo de José, que ajudou na operação para levar o corpo do cemitério, o ex-PM e a mulher tinham um “pacto de amor eterno”. O cadáver foi localizado no dia 13 enterrado na chácara de José Gomes. O corpo foi recuperado e entregue à família para um novo sepultamento. 

Em maio, o motorista de aplicativo Rafael Baron, 24 anos, foi assassinado a tiros pelo foragido do sistema prisional Igor César de Lima de Oliveira logo após a corrida, no Jardim Campo Nobre. Segundo a Polícia Civil, Igor teria ficado com ciúmes, somente porque o rapaz conversava com a esposa do suspeito durante o trajeto e fez três perguntas. Rafael foi preso dias depois, mas graças a uma sequência de erros cometido, desde o fechamento do inquérito, Igor progrediu de pena e foi para o semiaberto. Quando a Justiça descobriu já era tarde. Igor havia fugido e até agora não foi localizado.

Também em maio, Jennifer Lara Mendes Vicente, 1 ano e dois meses, engatinhava quando caiu em um buraco de cerca de 1,5 metro de profundidade, aberto no quintal do vizinho, no Jardim Noroeste. A bebê chegou a ser socorrida com vida, em estado grave, mas morreu a caminho do hospital.

Outro caso, fora do comum, aconteceu em julho quando a mãe de um aluno de 12 anos invadiu uma sala de aula da Escola Municipal Professor José de Souza, no Bairro Buriti, em Campo Grande. A mãe foi ao local tirar satisfação com menina da mesma idade que o filho dela, depois de rusga entre os dois. A situação foi filmada por câmera de celular.

Área onde criança caiu no Jardim Noroeste foi isolada para o socorro e depois para o trabalho da Perícia da Polícia Civil (Foto: Liniker Ribeiro/Arquivo)
Área onde criança caiu no Jardim Noroeste foi isolada para o socorro e depois para o trabalho da Perícia da Polícia Civil (Foto: Liniker Ribeiro/Arquivo)
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