ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
JUNHO, DOMINGO  22    CAMPO GRANDE 19º

Cidades

Após 30 dias afastado, suspeito de abuso contra aluna volta a competir no judô

Caso foi registrado no MT e, até o momento, nada formal foi apresentado a Polícia local

Liniker Ribeiro | 11/03/2020 15:31

Depois de ser suspenso preventivamente por um mês, o professor de judô suspeito de abusar sexualmente de uma aluna, de 15 anos, em Dourados, a 233 quilômetros da Capital, esteve em Campo Grande no último fim de semana para competir. Segundo apurado pela reportagem, e confirmado pela FJMS (Federação de Judô de Mato Grosso do Sul), o atleta foi um dos participantes do Meeting Estadual, disputa que garante vaga no Campeonato Brasileiro pela modalidade.

Conforme o presidente da federação, a participação do suspeito é permitida enquanto atleta, uma vez que, até o momento, nenhum processo foi instaurado contra ele. "Ele é uma pessoa comum perante a lei, não tem processo, nenhum tipo de acusação legal. Única coisa que ele tem, enquanto técnico, é uma acusação que está com o procurador da federação, que analisa o caso para saber se vai instaurar um processo ou não", explica José Ovídio Duarte da Silva.

Apesar de a denúncia indicar que o caso tenha acontecido em Mato Grosso do Sul, o boletim de ocorrência foi registrado em Colíder, Mato Grosso, onde a menina mora com a família, atualmente. Aqui no Estado, conforme a Polícia Civil, nenhuma denúncia foi apresentada formalmente, até o momento.

"Não houve recebimento pela Delegacia da Mulher, de Dourados, de boletim de ocorrência relativo a esse caso. Mas pode ser que ainda esteja no processo burocrático para chegar até aqui", explicou a titular Paula Ribeiro dos Santos.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil de Colíder (MT) e, conforme o delegado titular, Eugênio Rudy, todas as declarações registradas devem enviadas para MS, para futuras investigações.

Suspensão - Mesmo que o período de 30 dias de suspensão preventiva, estipulado pela FJMS após denúncia, tenha acabado, conforme Ovídio, o professor não poderá retornar as atividades como técnico.

"Ele continua como atleta, com direitos iguais aos demais atletas filiados. Como técnico ele não pode trabalhar porque ele não fez o credenciamento técnico estadual e nacional, a data já passou", afirmou o presidente da federação, explicando que o período de inscrição se deu dentro do prazo de suspensão. Agora, o profissional terá que aguardar seis meses, quando as inscrições abrem novamente, para preencher o cadastro, caso não tenha nenhum impedimento judicial.

Nos siga no Google Notícias