Até março, universidades querem voltar ao presencial com 30% a 40% dos alunos
Representantes saíram otimistas de última reunião com secretarias e acreditam que decreto com normas deve ser publicado até março

Depois da educação básica, a discussão da vez são os critérios para o retorno presencial das universidades em Campo Grande. As instituições particulares de ensino superior pedem a volta com um percentual de 30 a 40% da capacidade máxima das salas ou o distanciamento de 1,5 metros entre um acadêmico e outro. Só na Capital, este universo de estudantes do ensino superior englobam mais de 20 mil alunos nas principais universidades.
Com 550 alunos matriculados na Insted, o diretor executivo da faculdade, Fernando Bumlai, é um dos que defende a volta presencial, ainda mais depois do retorno da educação básica. "Falta só o superior voltar às atividades presenciais. Não vejo porquê não retornar atendendo as medidas que já foram implementadas para outras faixas etárias", comenta.

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Segundo ele, na última reunião os secretários de gestão Agenor Matiello e do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Luiz Eduardo Costa, se mostraram sensíveis ao pleito das instituições. "Estamos praticamente há um ano, desde março do ano passado com a restrição nas aulas presenciais. Então, a gente está bastante esperançoso", completa.
O percentual pedido pelas instituições é de trabalhar com 30 a 40% da capacidade máxima em sala. "Foram levantadas as duas hipóteses, essa ou o distanciamento de 15,m", explica.
A expectativa das instituições particulares de ensino superior é de que o posicionamento do município saia até a virada do mês para retorno já em março, data estabelecida até então para a volta das universidades de todo País pelo MEC.
Campo Grande tem pelo menos oito instituições de ensino superior particulares. As principais são UCDB, Uniderp, Anhanguera, Unigran e Insted. Representando a categoria, a presidente do Sinep (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso do Sul), Maria da Glória Paim reforça a mesma justificativa falada desde o ano passado sobre as aulas da educação básica. "Também se faz necessário que os universitários voltem para as salas de aula, assim como todo mundo já voltou".
A UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) que tem cerca de 8 mil alunos disse em nota que o ano letivo começa a partir do dia 22 de fevereiro para veteranos e dia 1 de março para calouros, com as disciplinas on-line.

Pró-Reitora de Graduação e Extensão, Rúbia Renata Marques, fala que volta das aulas presenciais no campus depende de autorização da prefeitura. “Não temos autorização do município para voltar às aulas teóricas presenciais, por enquanto. Porém, a instituição está se organizando e investiu em tecnologia para preparar os espaços educativos para que, quando a Prefeitura permitir, os acadêmicos que se sentirem à vontade para estar no campus venham participar das aulas e os que optarem por continuar no ensino remoto permaneçam em casa, assistindo a todas as aulas com qualidade, em tempo real, interagindo com o professor, sem prejuízo algum ao seu aprendizado”, explicou.
A Unigran disse através da assessoria de imprensa que vai seguir todo os protocolos e decretos municipais e também do Ministério da Educação, assim que o município regulamentar o retorno presencial. Em Dourados, por exemplo, as aulas presenciais já retornaram na instituição.
Com cerca de 10 mil alunos, segundo estimativa do Campo Grande News, a Uniderp também informou em nota que as aulas voltam de forma remota no dia 22 de fevereiro e seguem assim até que seja liberado o retorno presencial pelos órgãos responsáveis e que vai seguir as diretrizes do MEC assim que houver autorização para as instituições de ensino superior.
A Anhanguera, que tem em média 1,2 mil alunos de cursos presenciais, conforme apurado pela reportagem, segue o mesmo posicionamento, retorna dia 22 com aulas remotas para as modalidades presenciais até que seja liberado o retorno.
Na Estácio de Sá, o retorno está previsto para a segunda quinzena deste mês, depois do Carnaval, e a Universidade declarou que está preparada para seguir o calendário acadêmico em qualquer modalidade.
A instituição também informou que implementou uma série de medidas preventivas em prol da segurança e saúde de alunos e professores, como espaços redesenhados e maior distanciamento entre as carteiras.