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Cidades

Com 2,1 mil "invisíveis" encontrados, 217 famílias entram para o Mais Social

Busca ativa começou em março deste ano, com o objetivo de encontrar as 17 mil pessoas

Por Fernanda Palheta e Murilo Medeiros | 12/05/2025 10:58
Com 2,1 mil "invisíveis" encontrados, 217 famílias entram para o Mais Social
Governo do Estado entrega novos cartões do programa Mais Social (Foto: Marcos Maluf)

Na busca ativa pelas famílias que vivem em situação de extrema pobreza, Governo do Estado encontrou 2.167 pessoas em vulnerabilidade que ainda não são atendidas por nenhum programa social em Mato Grosso do Sul. Em nova etapa para incluir os "invisíveis da pobreza", foram emitidos 217 cartões novos do Mais Social, programa de transferência de renda.

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O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul identificou 2.167 pessoas em situação de extrema pobreza que não eram atendidas por programas sociais. Como resultado, 217 cartões do programa Mais Social foram emitidos, beneficiando famílias vulneráveis. Entre os contemplados, estão Francisca Santos Moraes e Geniro Belmiro Alves, que relataram dificuldades financeiras e a importância do auxílio. A busca ativa, iniciada em março, visa localizar 17 mil pessoas fora do radar social. A superintendente do programa, Andressa Farias, detalhou o processo de identificação e cadastro das famílias, que envolve cruzamento de dados e verificação. O trabalho de inclusão social continua em todos os municípios do estado, com o objetivo de erradicar a pobreza.

A dona de casa, Francisca Santos Moraes, de 60 anos, foi uma das beneficiadas. Ela conta que a equipe da Sead (Secretaria Estadual de Assistência Social e dos Direitos Humanos) visitaram sua casa no último mês. "Eu morava em Dourados, e vim para cá trabalhar. Então, eu descobri que eu estava com fibromialgia e não consigo mais trabalhar. Nunca recebi nenhum benefício, esse vai ser o primeiro. Esses R$ 450,00 vão ajudar muito. Porque às vezes eu não consigo comprar nem um dipirona para a dor. É muito difícil", contou.

Com o cartão em mãos, ela já tem planos do que fazer com o benefício. "Já vou comprar arroz e carne hoje, essas coisinhas de mercado. Vai me ajudar muito", completou.

Com 2,1 mil "invisíveis" encontrados, 217 famílias entram para o Mais Social
Francisca explica que já tem planos do que fazer com o benefício (Foto: Marcos Maluf).

O pedreiro Geniro Belmiro Alves, de 65 anos, também receberá um beneficio pela primeira vez. Ele conta que as equipes do Mais Social viram como ele vive. "Eu faço um biquinho aqui, um biquinho ali, às vezes faço reciclagem e trabalho um pouquinho de pedreiro, mas no final do mês tem vezes que não dá pra fechar as contas. Falta dinheiro. Porque agora, como a idade vai chegando, eu tenho problema de pressão e tomo remédio. Aí aquele pouquinho que a gente ganha, mal dá pra comer, pra pagar água e luz, né? Esses 450 já vão dar uma força. Pelo menos o remédio e uma misturinha a mais vou conseguir comprar", afirmou.

A busca ativa começou em março deste ano, com o objetivo de encontrar as 17 mil pessoas que estão fora do radar dos programas sociais, mas que apresentam as condições de vulnerabilidade para recebimento do benefício. A ação acontece nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul.

Com 2,1 mil "invisíveis" encontrados, 217 famílias entram para o Mais Social
Pessoas aguardam para realizar cadastro no programa Mais Social (Foto: Marcos Maluf).

Os “invisíveis” foram mapeados a partir do cruzamento de dados do CadÚnico com pesquisa da Segen (Secretaria-Executiva de Gestão Estratégica e Municipalismo) e sistema de georreferenciamento.

 A superintendente do programa Mais Social, Andressa Farias, explica que o processo leva tempo para que todas as etapas sejam cumpridas. Primeiro as equipes vão às ruas e identificam as famílias, na sequencias elas devem ir até a Sead para finalizar o cadastro, só depois é que o cartão e emitido.

"A pessoa vem até a sede e finaliza o cadastro, então os dados vão para o cruzamento de dados. Com o Detran e a Controladoria Geral do Estado para checar se essa pessoa realmente é perfil do programa. Depois disso retorna para a gente, e nós solicitamos ao Banco a emissão do Cartão. Isso demora cerca de 45 dias. Nós entramos em contato por ligação e avisamos que esse cartão já está na sede", explica.

Segundo ela, o trabalho continua, já que o objetivo do Governo do Estado é erradicar a pobreza em Mato Grosso do Sul. "A busca ativa continua. Já finalizamos a maior região, o Anhanduizinho, e agora começamos a Lagoa. Todos os dias fazemos visitas", completou.

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