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Cidades

Empresas simulam compra e venda de alumínio para sonegar R$ 4 bilhões

No total, 280 policiais federais cumprem 55 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal

Viviane Oliveira | 28/09/2021 07:50
Policiais federais durante uma das operações realizadas em Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf / arquivo)
Policiais federais durante uma das operações realizadas em Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf / arquivo)

Com mandados em Mato Grosso do Sul, a Operação Blindagem Metálica, deflagrada pela PF (Polícia Federal) nesta terça-feira (28), mira empresas no ramo de reciclagem e produção de alumínio que praticam crimes de sonegação fiscal, falsidade ideológica e fraudes tributárias. Até o momento, foram identificadas sonegação fiscal que atingiu a soma de aproximadamente R$ 4 bilhões nos últimos 5 anos.

Conforme a PF, as investigações apontam que empresas conhecidas como “noteiras” e “blindadoras”, emitiam notas fiscais irregulares, simulando compra e venda de sucata de alumínio e alumínio bruto, com a finalidade de gerar créditos fiscais fictícios às empresas do grupo principal investigado.

Há indícios de que mensalmente as empresas envolvidas ajustavam fluxo de quantidade de produtos de interesse, notas fiscais, pagamentos e até simulação de transporte de mercadorias inexistentes, para confundir os órgãos de fiscalização, em especial, quanto às operações fictícias de compra e venda de sucata de alumínio ou de alumínio bruto, descritas em notas fiscais.

No total, 280 policiais federais cumprem 55 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em Taubaté, São Paulo. Além do Estado, os trabalhos são executados em endereços de São Paulo (SP), Pindamonhangaba (SP), cidades da região metropolitana de Sorocaba (SP), Mogi Mirim (SP), São José dos Campos (SP), Rio de Janeiro, Paraná, Distrito Federal, Santa Catarina e Minas Gerais.

A fraude, conforme a investigação, lesa os cofres públicos em aproximadamente R$ 800 milhões anuais, sendo que R$ 300 milhões se referem a tributos federais e R$ 500 milhões a tributos estaduais (ICMS), totalizando aproximadamente R$ 4 bilhões nos últimos 5 anos.

As investigações, conforme a PF, continuam e os envolvidos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, sonegação fiscal, falsidade ideológica, uso de documento falso e fraude tributária. Mais informações serão disponibilizadas em coletiva de imprensa às 10h30, na Superintendência Regional da PF, em São Paulo.

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