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Cidades

Com volta de Beira-Mar, MS retomará “procedimentos de segurança”

Afirmação partiu da Sejusp, que reforça parceria com o Depen e PF em ações de inteligência e monitoramento de presos perigosos

Humberto Marques | 20/09/2019 19:37
Aeronave usada no transporte de Beira-Mar chegou na quinta-feira a MS. (Foto: Daniel Zumba/Mossoró Hoje)
Aeronave usada no transporte de Beira-Mar chegou na quinta-feira a MS. (Foto: Daniel Zumba/Mossoró Hoje)

Com o retorno do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, ao Presídio Federal de Campo Grande, autoridades de segurança pública de Mato Grosso do Sul admitem a retomada de procedimentos de segurança especiais, trabalhando em parceria. A informação partiu do secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, menos de 24 horas depois de a operação de transferência do narcotraficante de Mossoró (RN) para a Capital ser concluída.

A vinda de Beira-Mar para o Presídio Federal de Campo Grande –onde ficou preso até há nove anos atrás, quando seguiu para Catanduvas (PR) e, dali, peregrinou por outros estabelecimentos penais nacionais, diante de condenações e da reconhecida periculosidade como um dos mais perigosos traficantes do país– começou a ser articulada na quarta-feira (18) e foi concluída no dia seguinte, com o pouco na noite de quinta (19) no Aeroporto Internacional de Campo Grande.

Além dele, Gerson Lima Carnaúba, apontado como um dos líderes da facção criminosa FDN (Família do Norte, que comandou rebeliões em presídios no Norte e Nordeste), também ficará custodiado na penitenciária da Capital.

Em nota, Videira informou que, em relação à transferência de Beira-Mar para o Estado, “a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública irá adotar os mesmos procedimentos de segurança, como das outras vezes que ele já esteve aqui, atuando sempre em parceria com o Departamento Penitenciário Federal (que administra o presídio federal) e a Polícia Federal”.

O titular da Sejusp ressaltou, porém, que “os órgãos de inteligência das forças de segurança já desenvolvem rotineiramente um trabalho integrado de monitoramento dos presos que estão no presídio federal, para que qualquer tipo de alteração seja evitada”.

Detalhes dos monitoramentos focados em Beira-Mar e nos demais, por questões de estratégia e sigilo, não são divulgados. Contudo, o trabalho principal, conforme relatado à reportagem, envolvem trabalhos de inteligência policial em diferentes regiões do Estado.

Conforme apurou o Campo Grande News, as transferências de Beira-Mar e Carnaúba foram sigilosas, surpreendendo até mesmo agentes da penitenciária federal da Capital. O narcotraficante coleciona penas superiores a 400 anos e, em Mato Grosso do Sul, foi apontado como um dos líderes do tráfico na fronteira –tendo a cidade de Coronel Sapucaia (a 400 km da Capital) entre suas bases. Ele se casou em Campo Grande em setembro de 2007.

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