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Cidades

Em MS, Gaeco mira “cartas marcadas” em licitações de publicidade em RO

A informação preliminar é de que empresa em Rondônia estaria em nome de moradora de Campo Grande

Aline dos Santos e Viviane Oliveira | 19/02/2020 08:45
Operação Propagare, do Gaeco de Rondônia, cumpre mandado de busca em sobrado no Bairro Vilas Boas. (Foto: Marcos Maluf)
Operação Propagare, do Gaeco de Rondônia, cumpre mandado de busca em sobrado no Bairro Vilas Boas. (Foto: Marcos Maluf)

Com três mandados de busca em Campo Grande, a ação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) nesta quarta-feira (dia 19), em apoio à operação Propagare, investigação do Ministério Público de Rondônia, é contra corrupção, peculato e organização criminosa.

Na Capital, a equipe do Gaeco cumpre mandado de busca e apreensão em sobrado na Rua Tricordiano, no Bairro Vilas Boas. O imóvel tem dispositivos de segurança, como cerca elétrica e concertina. Aparentemente, é uma residência. Os vizinhos não quiseram dizer o nome dos moradores, apenas que lá reside um casal de idosos. Ainda no local, a informação é de que empresa em Rondônia estaria em nome da moradora de Campo Grande. Mas seria, na verdade, da filha dela.

Os casos investigados são relativos a serviços de publicidade do Estado de Rondônia, especificamente, da Superintendência de Gestão dos Gastos Públicos Administrativos. Num “jogo de cartas marcadas”, havia participação de agências de publicidade de qualificação internacional, as quais não eram escolhidas nos processos por serem consideradas inaptas.

As contratações começaram em 2011 e os contratos foram aditivados ao longo do tempo. Conforme a investigação, os envolvidos direcionavam as licitações de publicidade para beneficiar a empresa investigada, que de forma ilícita, superfaturava e subcontratava outras empresas pertencentes a familiares.

O esquema envolve servidores públicos, empresas do ramo de publicidade e políticos. O Gaeco de Rondônia não divulgou o prejuízo, mas a estimativa é que ultrapasse milhões de reais. Nos últimos anos, as empresas investigadas receberam mais de R$ 120 milhões dos cofres públicos.

A operação tem apoio da Polícia Civil de Rondônia, Tribunal de Contas de Rondônia e Gaeco de Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e São Paulo. Nome da operação, Propagare vem do latim e significa propaganda ou aquilo que se propaga.

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