Estado recorre ao STF para comprar vacina russa
Tratativas ainda estão bem no começo e não há nenhuma previsão de data, segundo secretário estadual de saúde
Mato Grosso do Sul apresentou, no STF (Supremo Tribunal Federal), interesse na ação que busca o direito de importação e a autorização para uso emergencial da vacina russa contra Covid-19, a Sputnik V.
"Minha luta atual é buscar a vacina, seja através do Ministério da Saúde, ou através de compra com nossos recursos", disse Geraldo Resende, secretário da SES (Secretaria Estadual de Saúde).
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De acordo com Geraldo, as tratativas estão muito no início, não se sabe nem quantas doses podem ser compradas pelo Estado, mas o interesse na compra é real e Mato Grosso do Sul deve se juntar à outros estados para adquirir a vacina russa.
"Ainda vou conversar com o presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), para ver quais estados estão na frente e tentar comprar junto com algum deles", explicou Resende.
O secretário ainda explica que Mato Grosso do Sul possui R$ 100 milhões para comprar vacina, seja para adquirir as vacinas da Coronavac, junto com São Paulo, ou para adquirir a Sputnik V. "A vacina que vier mais rápido nós vamos comprar, se possível, queremos comprar as duas. Queremos imunizar a população de MS com mais velocidade", complementou o secretário.
De acordo com ele, essa rapidez na imunização é de extrema importância, "quanto mais demora, mais o vírus circula, mais chances existem de uma nova cepa surgir. É angustiante vacinar a população em doses homeopáticas como tem sido", finalizou Geraldo Resende.
Segundo o jornal O Globo, além de MS, outros 7 estados manifestaram interesse no STF pela compra da Sputnik V. O Estado da Bahia recorreu ao Supremo pedindo o aval diante da negativa da Anvisa para aplicação da vacina no país.
Os governos de Piauí, Espírito Santo, Paraíba, Sergipe, Maranhão e Pernambuco já apresentaram petições quanto ao tema - os dois últimos estados solicitaram ingresso no processo para opinar, enquanto os demais, e MS, adiantaram apoio ao pedido feito pelos baianos. O caso está nas mãos do ministro Ricardo Lewandowski.