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Cidades

Governo ainda analisa proposta de obrigar vacinação contra a covid em MS

Enquanto a SES defende a criação do "passaporte da vacina", outros setores entendem que não há necessidade

Guilherme Correia | 14/09/2021 10:35
Pontos de imunização contra a covid, instalados em Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Pontos de imunização contra a covid, instalados em Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Em coletiva nesta terça-feira (14), o secretário de Infraestrutura e presidente do comitê gestor do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia), Eduardo Riedel, voltou a mostrar seu posicionamento contrário em relação à proposta do “passaporte da vacina”, mas não descartou essa possibilidade.

Sugerida recentemente pelo titular da SES (Secretaria Estadual de Saúde), Geraldo Resende, essa medida obrigaria estabelecimentos e eventos a exigir a comprovação de que clientes estivessem imunizados contra o coronavírus. Na visão dele, isso traria uma maior adesão pela busca da primeira, segunda, ou até terceira dose do imunizante.

No entanto, Riedel garante que isso tem sido pauta recorrente nas reuniões do governo e afirma que, nesta semana, não deve haver definição ainda. “O mercado está se adaptando a isso. Muitos eventos que já estão programados vão pedir o ‘passaporte’ ou comprovação de vacina. É uma medida saudável do ponto de vista do negócio”.

O secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel, defende que a comprovação será regulada pelo mercado. (Foto: Reprodução/Governo Estadual)
O secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel, defende que a comprovação será regulada pelo mercado. (Foto: Reprodução/Governo Estadual)

Ele pede à população que se vacine, e, quando questionado sobre medidas mais incisivas para estimular a imunização, o secretário defende que já existe boa adesão. “Estamos confiantes que a vacina tem surtido efeito. Muita gente está indo, ontem as filas estavam cheias”, ressalta.

Para ele, obrigar a vacinação por meio de tais dispositivos implicaria em levantar uma série de discussões diversas. “Começa a desdobrar isso para outras atividades. E o restaurante, e a escola, e a aglomeração? Quando o Estado entra em uma medida dessa, você tem consequências importantes. Tem que ter muita cautela nesse momento, para não ser um complicador, ou criar um problema”.

Não acredito ainda em punir ou criar obrigação num momento como esse. Agora, é um assunto tratado toda semana no âmbito do Prosseguir. A gente vai fazer essa avaliação. Se preciso e necessário for, a gente implanta. As atitudes têm que ser tomadas de maneira a preservar a vida das pessoas e a nossa economia”, diz Riedel.

Passaporte - Lugares onde a vacinação está avançada têm feito essa medida para conter novas ondas da doença, estimulando com que toda a população cumpra com as medidas imunológicas. Na Europa, por exemplo, jogos de futebol na Dinamarca só podem ser assistidos por aqueles que comprovarem que estão com a vacinação em dia.

A França exige comprovante de vacina em espaços públicos há algumas semanas. O líder francês, em pronunciamento, disse que essa ação era necessária para incentivar a aceitação quanto aos antígenos, ainda que algumas pessoas se manifestaram contrárias a essa implementação.

Por aqui, com o melhor índice de população imunizada (cerca de 49%), o governo estadual cogita realizar essa medida. Ao longo da campanha, várias decisões foram tomadas pelo executivo do Estado, diferente das vividas pelo o resto do Brasil, como um todo.

Por exemplo, Mato Grosso do Sul foi o primeiro estado a vacinar, de forma conjunta, adolescentes e crianças, além de ter iniciado o reforço de imunidade a idosos e imunossuprimidos, muito antes do prazo do governo federal.

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