Homicídios dolosos caem 11,3% e 17 municípios passam ano sem assassinatos
Em Campo Grande foram 77 homicídios dolosos registrados no ano passado, taxa de 8,6% a cada 100 mil habitantes
O número de homicídios dolosos, quando há intenção de matar, caiu 11,3% em Mato Grosso do Sul, de acordo o balanço apresentado nesta terça-feira (14) pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). Ao menos 17 municípios passaram todo 2019 sem nenhum assassinato registrado.
O índice ficou zerado em Bodoquena, Dois Irmãos do Buriti, Jaraguari, Pedro Gomes, Laguna Carapã, Nova Alvorada do Sul, Deodápolis, Glória de Dourados, Jateí, Vicentina, Anaurilândia, Batayporã, Taquarussu, Figueirão, Antônio João, Brasilândia e Douradina.
Mato Grosso do Sul registrou 451 homicídios dolosos em 2018, enquanto no ano passado foram 400.
Em Campo Grande foram 77 homicídios dolosos, taxa de 8,6% a cada 100 mil habitantes. O delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas, citou durante a apresentação dos números que o índice na Capital ficou dentro do aceitável pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pela ONU (Organização das Nações Unidas), que é de 10 homicídios a cada 100 mil habitantes.
Além da Capital, outros 14 municípios também apresentaram índice satisfatório. Por outro lado, em Ponta Porã, na região de fronteira do Brasil com Paraguai, foram 54 homicídios dolosos, taxa de 58,4% a cada 100 mil habitantes.
O comandante da Polícia Militar, coronel Waldir Ribeiro Acosta, afirma que operações estão sendo realizadas em conjunto com Polícia Civil, Forças Armadas, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. “A própria PM tem feito operações junto com batalhões de área e do batalhão rodoviário, além de operações através do apoio de inteligência também”.
Também citou que o crime por muitas vezes ocorre do outro lado da linha de fronteira, passando a sensação de insegurança.
O índice de esclarecimentos de homicídios em 2019 foi de 60%. O cenário apresentado no Estado já foi melhor. Em 2017, chegou aos 73%, mas o delegado-geral da Polícia Civil explica que “a investigação é complexa, até o meio do ano essa taxa deve chegar a 70%”.
Os casos de feminicídios tiveram 100% de esclarecimento. Já os crimes de latrocínio, roubo seguido de morte, tiveram índice de 46% no Estado, mas na Capital todos os casos foram solucionados, segundo a Sejusp.
