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Cidades

Juiz esquece, mas depois inclui barco entre bens bloqueados de Puccinelli

Consta na decisão que o barco foi fabricado em 1976 e atualmente está na Capitania dos Portos de Paranaguá, no Paraná

Anahi Zurutuza | 16/10/2019 11:38
Sede da Justiça Federal em Campo Grande, onde fica o gabinete do juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Sede da Justiça Federal em Campo Grande, onde fica o gabinete do juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

O juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, determinou a inclusão de um barco na lista de bens bloqueados do ex-governador André Puccinelli (MDB) em ação derivada da Operação Lama Asfáltica. O magistrado anotou na decisão, publicada no Diário Oficial do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) desta quarta-feira (16), que havia “esquecido” do pedido do MPF (Ministério Público Federal).

“Preliminarmente, verifico que foi requerido pelo Ministério Público Federal o sequestro da embarcação "VANESSA", (...), sendo que, em que pese ter sido integralmente deferido o sequestro de bens requerido pelo Parquet, houve omissão da mencionada embarcação no curso daquele decisum”, informou o juiz.

Vanessa é o nome de uma das filhas de Puccinelli. Consta na decisão ainda que o barco foi fabricado em 1976 e atualmente está na Capitania dos Portos de Paranaguá, no Paraná.

No mesmo despacho, o juiz libera para circulação veículos de outros réus na mesma ação, mas mantém o bloqueio de fazenda do fiscal de obras e ex-deputado Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano, em Várzea Grande (MT).

Denúncia – Também nesta semana o juiz manteve o recebimento de denúncia contra Pucinelli, Edson Giroto (ex-secretário de Obras), João Amorim (dono da Proteco Construções) e outras oito pessoas.

O Ministério Público descreve a existência de suposta organização criminosa que funcionou por vários anos, ao menos entre de 2007 e 2014, no governo do Estado, especialmente na Secretaria de Obras Públicas e Transportes, voltadas ao desvio de recursos dos cofres estaduais e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

A acusação aponta fraudes em obras e prejuízo mínimo de R$ 142.507.331,31 aos cofres públicos.

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