ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
JUNHO, DOMINGO  15    CAMPO GRANDE 19º

Cidades

Lula sanciona lei que obriga exame precoce para doença rara em recém-nascidos

Diagnóstico de fibrodisplasia ossificante será realizado em consultas de rotina na rede pública e privada

Por Jhefferson Gamarra | 09/01/2025 15:39
Lula sanciona lei que obriga exame precoce para doença rara em recém-nascidos
Imagem mostra pé de recém-nascido com doença rara que transforma músculos em ossos (Foto: Reprodução/Ifopa)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a Lei nº 15.094, que torna obrigatória a realização de exame clínico para identificar sinais da FOP (Fibrodisplasia Ossificante Progressiva) em recém-nascidos. A medida, publicada nesta quinta-feira (9), no Diário Oficial da União, busca diagnosticar precocemente a doença rara, que causa formação óssea anormal fora do esqueleto, afetando tendões, ligamentos e outras estruturas corporais.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 15.094, que torna obrigatória a realização de exame clínico para identificar sinais da Fibrodisplasia Ossificante Progressiva (FOP) em recém-nascidos. A medida visa diagnosticar precocemente essa doença rara, que causa formação óssea anormal fora do esqueleto, afetando tendões e ligamentos. O exame deve ser realizado nas consultas de rotina, com cobertura garantida pelo SUS, e busca identificar malformações típicas nos dedos dos pés. A FOP, que afeta uma em cada dois milhões de pessoas, é incurável e pode restringir movimentos, impactando a qualidade de vida. Embora não haja cura, o SUS oferece tratamentos para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, e a inclusão do exame clínico representa um avanço significativo na saúde infantil.

A determinação estabelece que o exame físico deve ser realizado durante as consultas de rotina na rede pública e privada de saúde, com cobertura garantida pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O objetivo é identificar malformações nos dedos grandes dos pés, uma característica típica da FOP e um dos principais indicativos da condição em recém-nascidos.

A FOP, também conhecida como miosite ossificante progressiva, é uma doença genética rara com incidência de um caso a cada dois milhões de pessoas. Estima-se que apenas 4 mil pessoas no mundo convivam com a condição. A doença é incurável e causa o desenvolvimento de ossos heterotópicos, restringindo os movimentos corporais e impactando a qualidade de vida dos pacientes.

Os primeiros sinais da doença costumam surgir na infância, geralmente entre 0 e 5 anos, afetando áreas como pescoço, ombros e membros. Além das malformações dos dedos dos pés, os pacientes podem apresentar outros sinais congênitos, como alterações na coluna vertebral e no colo do fêmur. A doença também pode causar dificuldades respiratórias, de mastigação e alimentação, agravando os desafios enfrentados pelas famílias.

Embora a FOP não tenha cura, o SUS oferece medicamentos como corticoides e anti-inflamatórios, usados na fase aguda para controlar o processo inflamatório, além de cuidados multiprofissionais que ajudam a mitigar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

O tratamento especializado é disponibilizado em hospitais-escola e universitários, além de Centros Especializados em Reabilitação em todos os estados, atendendo à demanda específica de cada caso. A inclusão do exame clínico obrigatório em recém-nascidos representa um avanço no cuidado à saúde, pois permite identificar a FOP nos primeiros meses de vida, aumentando as chances de intervenção precoce e suporte especializado.

Nos siga no Google Notícias