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Cidades

Para reduzir conta, Rubens limitou até secador de cabelo das filhas a 5 minutos

Com nova taxa criada, ele tirou as lâmpadas de locais não essenciais e cortou até banho quente

Aletheya Alves e Bruna Marques | 05/09/2021 08:05
Militar da reserva, Rubem relata que vem reduzindo consumo para controlar gastos. (Foto: Henrique Kawaminami)
Militar da reserva, Rubem relata que vem reduzindo consumo para controlar gastos. (Foto: Henrique Kawaminami)

De água quente até secador de cabelo com tempo controlado, as estratégias forçadas para reduzir o consumo de energia elétrica seguem em progressão na casa do militar da reserva, Rubem Wever, de 70 anos. Com nova bandeira tarifária criada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o jeito tem sido sacrificar o básico para conter aumento nas contas de luz.

Desde o dia 1º, a nova tarifa está em ação e acrescenta valor extra de R$ 14,20 pelo consumo a cada 100 kWh. Consumindo cerca de  360 kWh, Rubem explica que vem traçando estratégias desde julho para controlar o valor recebido. “Comecei a economizar em agosto e diminuiu 63 kWh, mas não estou surpreso com os aumentos não. Faltou chuva e a hidroelétrica baixou o nível. Aí, a necessidade de economizar”, disse.

Rubem Wever, de 70 anos, explica que aumento na conta de luz não é surpresa. (Foto: Henrique Kawaminami)
Rubem Wever, de 70 anos, explica que aumento na conta de luz não é surpresa. (Foto: Henrique Kawaminami)

Entre os cortes e reduções, Rubem conta que tirou as lâmpadas desnecessárias da casa, proibiu água quente no chuveiro e limitou o uso do secador de cabelo das filhas para cinco minutos. “Ar condicionado só depois das 22h e de madrugada a gente desliga. Cabe a população fazer a sua parte que é economizar o consumo de energia”.

Compartilhando algumas estratégias de Rubem, o vigilante José Afonso Vilela, de 62 anos, conta que além da água quente ser proibida em casa, precisou desistir de seu empreendimento. “A gente estava fazendo lanches aqui, mas precisamos parar porque a conta de luz ficou muito alta. Não tem como pagar”, explica.

Sem ter condições de manter as vendas, ela explica que precisou colocar à venda até o freezer que havia comprado para a lanchonete.

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Chuveiro e freezer são duas coisas que fazem subir muito a conta. A gente tinha colocado alguns pontos de luz lá fora e tiramos também, tudo o que conseguimos já fizemos, mas a luz sobe do mesmo jeito", José diz.

Mesmo cortando até o necessário, o vigilante relata que tenta procurar novas opções para aliviar o bolso. “Todo mundo presta atenção para luz, coisa ligada. É o que a gente consegue fazer”, conta.

A nova tarifa criada pela Aneel deve seguir ativa até abril de 2022. Antes da mudança, o valor extra era de R$ 9,49 e foi substituído por R$ 14,20 a cada 100 kWh.

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