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Cidades

Paraguaia usa documento de morta para consulta e é condenada por falsidade

Em 2012, ela usou o documento de uma brasileira para conseguir consulta em posto de saúde de Ponta Porã

Anahi Zurutuza | 28/06/2019 07:51
Desembargador Emerson Cafure durante sessão da 1ª Câmara Criminal (Foto: TJMS/Divulgação)
Desembargador Emerson Cafure durante sessão da 1ª Câmara Criminal (Foto: TJMS/Divulgação)

Mulher de nacionalidade paraguaia foi condenada pela Justiça de Mato Grosso do Sul a 1 ano e 4 meses de prisão por falsidade ideológica. Em 2012, ela usou o documento de uma brasileira para conseguir consulta em posto de saúde de Ponta Porã.

Consta no processo, que a acusada pretendia passar por cirurgia para remover pedras nos rins. Na unidade de saúde, ela apresentou o título de eleitor da brasileira e disse que outros documentos haviam sido extraviados. A recepcionista recomendou então que ela registrasse boletim de ocorrência.

Na delegacia, a mulher continuou se passando pela brasileira e depois de fazer o registro, conseguiu emitir um cartão do SUS (Sistema Único de Saúde) para que fosse atendida. Policiais desconfiaram a descobriram a farsa.

A dona dos documentos já estava morta. A paraguaia foi presa ao chegar na unidade de saúde para nova consulta.

Em primeira instância, ela foi condenada e recorreu da sentença, mas nesta semana o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou o recurso.

O relator do processo, desembargador Emerson Cafure, entendeu que a tese mostrada pela defesa em relação ao estado de necessidade não se sustenta. “Em depoimento judicial, a apelante sustenta que seu cônjuge é brasileiro, bem como possuem três filhos também brasileiros. Ora, era cabível que a apelante solicitasse a cidadania brasileira para desfrutar dos serviços médicos e hospitalares oferecidos neste país, ou que se dirigisse ao órgão paraguaio de saúde para sanar seu problema”, argumentou.

Os desembargadores da 1ª Câmara Criminal seguiram o voto do relator.

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