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Cidades

Polícia e promotora entram em presídio após denúncia de agressões

Equipe tática escoltou agente do Ministério Público durante ação

Jones Mário e Aline dos Santos, de Pedro Juan Caballero | 23/01/2020 12:48
Policiais estavam armados e empunhavam escudos durante a ação (Foto: Marcos Maluf)
Policiais estavam armados e empunhavam escudos durante a ação (Foto: Marcos Maluf)

Com 50 agentes, equipe tática da Polícia Nacional paraguaia entrou no Presídio de Pedro Juan Caballero, na manhã desta quinta-feira (23), para escoltar a promotora de Justiça Camila Roja. A ação foi provocada por denúncia de que Cristian Javier Benítez Vera, um dos prisioneiros que fugiram do estabelecimento penal no último domingo (19) e que se entregou ontem, teria sido vítima de agressões após voltar à penitenciária.

A denúncia foi feita pela irmã de Vera. Com a notícia, segmento responsável pela defesa dos direitos humanos do Ministério Público em Assunção, capital do Paraguai, pediu a diligência ao presídio.

Os policiais empunhavam armas de cano longo durante a ação. Escudos também eram empregados.

Promotora Camila Roja entrou no presídio na manhã desta quinta-feira (Foto: Marcos Maluf)
Promotora Camila Roja entrou no presídio na manhã desta quinta-feira (Foto: Marcos Maluf)

Comissário da Polícia Nacional, Roberto Alfonso não detalhou que tipo de violência Vera teria sofrido. Na entrada e na saída, a promotora Camila Roja se limitou a dizer que o caso seria apurado.

A pedido dos pais, segundo ele, o condenado por roubo Cristian Vera se rendeu na tarde de quarta-feira (22), três dias após a fuga em massa do estabelecimento penal de Pedro Juan Caballero, vizinha da sul-mato-grossense Ponta Porã.

Primeiro, o detento declarou que líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) fugiram pela “porta da frente”, auxiliados por carcereiros.

Depois, segundo apurou o jornal paraguaio ABC Color, recuou na versão, disse que todos escaparam pelo túnel e que havia sido obrigado a testemunhar contra os agentes penitenciários.

Imagens das câmeras de segurança da casa de detenção ainda não foram divulgadas.

Em dia de visita, familiares se aglomeravam no entorno da cadeia (Foto: Marcos Maluf)
Em dia de visita, familiares se aglomeravam no entorno da cadeia (Foto: Marcos Maluf)

Rotina - Embora o cenário seja de segurança reforçada, o presídio de Pedro Juan segue rotina normal. Hoje, dia de visitas, familiares faziam fila para chegar ao outro lado da muralha. Levavam sacolas com alimentos, principalmente pães.

Psicólogo da penitenciária também foi ao local para prestar atendimento nesta quinta.

Além do efetivo policial, um tanque de guerra “faz rondas” no entorno da casa de detenção. O canhão faz mira no presídio durante a maior parte do tempo.

Posto móvel de fiscalização foi implantado próxima à lateral onde desemboca o túnel aberto pelos fugitivos. O contêiner leva ao lado uma câmera que opera em 360 graus.

Contêiner reforça segurança na penitenciária paraguaia (Foto: Marcos Maluf)
Contêiner reforça segurança na penitenciária paraguaia (Foto: Marcos Maluf)
Tanque de guerra tem canhão apontado para muralha (Foto: Marcos Maluf)
Tanque de guerra tem canhão apontado para muralha (Foto: Marcos Maluf)

Vistoria - Também hoje, equipe do ministério da Justiça paraguaio foi até o presídio na fronteira. O grupo composto por técnicos do setor de obras foi vistoriar o túnel, sua extensão e estudar como será fechado.

Segundo esses técnicos, a visita ainda é preliminar e não existem encaminhamentos.

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