ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
JUNHO, DOMINGO  01    CAMPO GRANDE 18º

Cidades

Primeira disputa em 20 anos faz PM atuar em eleição e revolta Fetems

PM justifica presença por risco de conflitos e grande fluxo de pessoas, mas entidade publicou nota de repúdio

Por Ketlen Gomes | 30/05/2025 15:54
Primeira disputa em 20 anos faz PM atuar em eleição e revolta Fetems
Auditório da Fetems, entidade que terá eleição para diretoria na segunda-feira. (Foto: Divulgação)

A Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) divulgou, nesta sexta-feira (30), uma nota de repúdio contra a atuação da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) na fiscalização das eleições da entidade. A federação afirma que a corporação não tem autorização para realizar “qualquer monitoramento” no pleito sindical. Por outro lado, a Polícia Militar sustenta que atuará devido a fatores como grande fluxo de pessoas e possíveis rivalidades.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

A Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) manifestou-se contra a atuação da Polícia Militar nas eleições da entidade, classificando a ação como intromissão indevida. A federação afirma que levará o caso ao Ministério Público, enquanto a PM defende sua presença devido ao grande fluxo de pessoas. É a primeira vez em duas décadas que a Fetems tem duas chapas concorrendo na disputa eleitoral, marcada para 2 de junho. A corporação justifica sua atuação como medida preventiva para garantir a lisura e segurança do processo, citando possíveis conflitos entre as chapas como fator de risco.

É a primeira vez, em 20 anos, que a Fetems tem duas chapas concorrendo na disputa eleitoral. Na quinta-feira (29), uma discussão sobre o uso de urnas de madeira marcou o processo. A chapa 2 chegou a ameaçar pedir a suspensão da eleição, marcada para a próxima segunda-feira, dia 2 de junho, por causa do modelo das urnas.

Paralelamente, a federação questiona e denuncia a presença da Polícia Militar no processo, classificando a ação como “intromissão indevida”. Segundo a entidade, o caso será levado ao Ministério Público e ao Gacep (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial). A Fetems afirma que a Ordem de Operação da PM nunca foi apresentada, “porque não pode ser dada com esse fim”.

“Lamentamos que agentes de segurança pública queiram afastar o parco contingente da PMMS das ruas para exercer o papel de interventores nas nossas eleições sindicais. Já cobramos e vamos continuar cobrando explicações do Comando da Polícia Militar do nosso Estado e do governador, para saber se temos uma polícia de Estado ou uma milícia a serviço de interesses escusos”, diz a nota da Fetems.

A PMMS, por sua vez, publicou a Ordem de Operação nº 15, que trata da presença da corporação na eleição sindical. O documento justifica que a atuação visa “garantir a lisura, transparência e segurança de todos os cidadãos envolvidos”, dentro dos limites de suas atribuições.

Entre os fatores que a PM aponta para justificar a presença estão o grande fluxo de pessoas e a possibilidade de conflitos entre as chapas. Ao mesmo tempo, destaca que “a população ordeira e pacífica e as unidades da Polícia Militar” são elementos favoráveis à tranquilidade do pleito.

“O Comando de Policiamento da Fronteira Bioceânica (CPA-7), por meio de suas unidades, executará o policiamento ostensivo nos locais de votação das eleições da Fetems, em todas as suas variáveis, priorizando ações de caráter preventivo. As ações têm como objetivo impedir a ocorrência de ilícitos e demais situações adversas que comprometam a segurança dos cidadãos, agindo de maneira repressiva quando necessário”, afirma a nota da PMMS.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias