Primeira disputa em 20 anos faz PM atuar em eleição e revolta Fetems
PM justifica presença por risco de conflitos e grande fluxo de pessoas, mas entidade publicou nota de repúdio
A Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) divulgou, nesta sexta-feira (30), uma nota de repúdio contra a atuação da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) na fiscalização das eleições da entidade. A federação afirma que a corporação não tem autorização para realizar “qualquer monitoramento” no pleito sindical. Por outro lado, a Polícia Militar sustenta que atuará devido a fatores como grande fluxo de pessoas e possíveis rivalidades.
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A Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) manifestou-se contra a atuação da Polícia Militar nas eleições da entidade, classificando a ação como intromissão indevida. A federação afirma que levará o caso ao Ministério Público, enquanto a PM defende sua presença devido ao grande fluxo de pessoas. É a primeira vez em duas décadas que a Fetems tem duas chapas concorrendo na disputa eleitoral, marcada para 2 de junho. A corporação justifica sua atuação como medida preventiva para garantir a lisura e segurança do processo, citando possíveis conflitos entre as chapas como fator de risco.
É a primeira vez, em 20 anos, que a Fetems tem duas chapas concorrendo na disputa eleitoral. Na quinta-feira (29), uma discussão sobre o uso de urnas de madeira marcou o processo. A chapa 2 chegou a ameaçar pedir a suspensão da eleição, marcada para a próxima segunda-feira, dia 2 de junho, por causa do modelo das urnas.
Paralelamente, a federação questiona e denuncia a presença da Polícia Militar no processo, classificando a ação como “intromissão indevida”. Segundo a entidade, o caso será levado ao Ministério Público e ao Gacep (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial). A Fetems afirma que a Ordem de Operação da PM nunca foi apresentada, “porque não pode ser dada com esse fim”.
“Lamentamos que agentes de segurança pública queiram afastar o parco contingente da PMMS das ruas para exercer o papel de interventores nas nossas eleições sindicais. Já cobramos e vamos continuar cobrando explicações do Comando da Polícia Militar do nosso Estado e do governador, para saber se temos uma polícia de Estado ou uma milícia a serviço de interesses escusos”, diz a nota da Fetems.
A PMMS, por sua vez, publicou a Ordem de Operação nº 15, que trata da presença da corporação na eleição sindical. O documento justifica que a atuação visa “garantir a lisura, transparência e segurança de todos os cidadãos envolvidos”, dentro dos limites de suas atribuições.
Entre os fatores que a PM aponta para justificar a presença estão o grande fluxo de pessoas e a possibilidade de conflitos entre as chapas. Ao mesmo tempo, destaca que “a população ordeira e pacífica e as unidades da Polícia Militar” são elementos favoráveis à tranquilidade do pleito.
“O Comando de Policiamento da Fronteira Bioceânica (CPA-7), por meio de suas unidades, executará o policiamento ostensivo nos locais de votação das eleições da Fetems, em todas as suas variáveis, priorizando ações de caráter preventivo. As ações têm como objetivo impedir a ocorrência de ilícitos e demais situações adversas que comprometam a segurança dos cidadãos, agindo de maneira repressiva quando necessário”, afirma a nota da PMMS.
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